O Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, revelou até agora dois esquemas de corrupção envolvendo a gestão Girassol no Governo do Estado e na Prefeitura de João Pessoa. Nos dois casos o dinheiro da propina servia, além de aumentar o patrimônio de gestores, para abastecer as campanhas eleitorais do PSB na Paraíba.
Em delação premiada o ex-assessor Leandro Nunes de Azevedo revelou que era operador do esquema , e recebeu dinheiro de propina da Cruz Vermelha Brasileira e com esses recursos pagava a fornecedores de campanhas do coletivo Girassol na Paraíba em 2018.
Também, em delação premiada, a ex-secretária de Administração da Prefeitura de João Pessoa, e no Governo do Estado, Livânia Farias, revelou que um contrato milionário com o escritório de advocacia Bernardo Vidal também abasteceu campanha eleitoral em 2010.
A investigação da Operação Calvário tem gravações, interceptações telefônicas e troca de mensagens por celular, autorizadas pela Justiça, que comprovam que Michelle Louzada Cardoso, operadora da Cruz Vermelha Brasileira, veio à Paraíba em um jatinho para trazer malas de dinheiro para a campanha socialista nas eleições de 2014.
Em 2018 o próprio operador Leandro Azevedo confessou que foi buscar propina em caixas de vinho no Rio de Janeiro e que fornecedores da campanha do PSB viajaram à capital carioca para receber os pagamentos.
Trata-se dos dois primeiros esquemas de corrupção descobertos e já revelados pelo Gaeco, em que ambos os casos abasteciam propina para secretários e para as campanhas eleitorais do PSB em 2010, 2014, e 2018 , na Paraíba.