Após o chamado “golpe no PSB” com a dissolução de Edvaldo Rosas da presidência do diretório estadual do partido, o grupo Girassol passou a conviver com uma crise de desconfiança entre os grupos liderados por Ricardo Coutinho e o governador João Azevedo.
O racha no grupo Girassol vem se arrastando com declarações de integrantes de cada grupo. Deputados com forte ligação à Ricardo Coutinho, a exemplo do ex-secretário e hoje deputado Ricardo Barbosa, e até o ex-líder do Governo Hervázio Bezerra, tomaram posição em favor de João Azevedo.
Com a intensificação da crise muitos já falam na reforma administrativa que seria para compor um Governo com a cara de atual governador João Azevedo. Falaram até que a lista de exonerações e nomeações para a reforma administrativa estaria pronta.
Porém, na falta da decisão do atual governador João Azevedo, não resta dúvida de que até agora, a grande responsável por antecipar a reforma administrativa do Governo é a Operação Calvário.
Desde fevereiro quando foi realizada a segunda fase da Operação Calvário, a primeira deflagrada pelo Gaeco/MPPB , já que a de dezembro foi comandada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, oito auxiliares do Governo foram exonerados por serem alvos de prisão preventiva ou mandado de busca e apreensão.
Pastas mais importantes de um Governo foram alcançadas pela Operação Calvário e secretários, alvos da investigação, foram exonerados.
Foram exonerados, Livânia Farias, secretária de Administração, Gilberto Carneiro, procurador geral do estado, Waldson de Souza, secretário de Planejamento, Aléssio Trindade, secretário de Educação, Ivan Burity, secretário Executivo de Turismo, José Arthur Teixeira, coordenador do Imeq, Leandro Nunes de Azevedo, assessor da Secretaria de Administração e Maria Laura Caldas Almeida Carneiro, da Procuradoria Geral do Estado.
Enquanto João Azevedo não se decide, a Operação Calvário vai antecipando a reforma administrativa no Governo.