O Ministério Público Federal no Estado do Paraná e o Ministério Público da Paraíba estão trocando informações técnicas em várias áreas para reforçar o combate à corrupção, no País. Os procuradores da República, Roberson Henrique Pozzobon e Júlio Carlos Motta Noronha, que atuam na Força-Tarefa Lava Jato, conheceram de perto o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Segundo eles, vieram “beber na fonte”, já que o Gaeco é referência nacional em tecnologia para combate à corrupção.
Os visitantes, que já estavam em contato com a equipe do Gaeco, foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, na terça feira. Nesse encontro, Roberson Pozzobon e Júlio Noronha disseram que era um privilégio conhecer de perto a experiência de décadas do Gaeco. Eles explicaram que esperam que, com a aproximação com a equipe do Gaeco, possam fazer um trabalho ainda melhor e buscar mais resultados para a sociedade. Pozzobon lembrou a máxima de que “sozinho se caminha mais rápido, mas junto se vai mais longe” para falar da parceria da Lava Jato com o MPPB.
“Isso nos motivou a sair da caixinha. A ‘Lava Jato’, ao longo de quatro anos, conseguiu muitos resultados, mas se tivesse atuando com parceiros poderia ter ido além. Viemos beber na fonte, porque, de cada 10 pessoas que a gente conversou, 11 disseram que se a gente quisesse saber mais sobre isso viesse para a Paraíba. Poucas instituições veem esse salto tecnológico, que é imprescindível numa sociedade da informação, com a seriedade que vocês estão vendo aqui. Estamos muito empolgados com a possibilidade de aprender mais”, disse Pozzobon.
Já Noronha classificou a experiência de conhecer de perto o trabalho do Gaeco como “inspiradora”. Os procuradores destacaram o pioneirismo tecnológico da equipe do Gaeco do Ministério Público, que deve-se, em parte, a aproximação do órgão com a academia, com as universidades.
Integração
O procurador Francisco Seráphico destacou a satisfação de ter o Gaeco reconhecido pelos procuradores, agradeceu a visita técnica e colocou a estrutura do Ministério Público da Paraíba à disposição da ‘Lava Jato’. “O Gaeco, com Octávio Paulo Neto à frente, é realmente uma referência e isso nos dá muita satisfação. E reconhecemos a importância do trabalho da ‘Força-Tarefa Lava Jato’ para o País e os resultados que vem alcançando. É uma satisfação podermos colaborar com esse trabalho”, afirmou.
O pedido de visita técnica foi feito pelos procuradores da Lava Jato ao promotor de Justiça, Octávio Celso Gondim Paulo Neto, há alguns meses. Na justificativa, constava as “excelentes iniciativas já desenvolvidas pelo órgão em prol do combate à corrupção e enfrentamento da criminalidade organizada”. Os membros do MPF consideraram a larga experiência acumulada pelo Gaeco, principalmente, no desenvolvimento de sistemas de pesquisas e de integração de bases de dados e desenvolvimento de softwares livres, com a finalidade de aprimorar o combate à corrupção. Roberson Henrique Pozzobon e Júlio Carlos Motta Noronha são membros efetivos da equipe de investigação da Força-Tarefa Lava Jato, que atua na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, desde 2014.