Um breve levantamento dos últimos meses no Diário Oficial do Estado é fácil constatar centenas de nomeações de apadrinhados políticos e aliados pelo Governo do Estado da Paraíba. Essa prática na verdade não é novidade, nem foi inventada pelo atual governador João Azevedo. Mas ela se revela injusta quando você encontra 14 concursados da Polícia Civil do ano de 2008, que tiveram de ingressar com ação na Justiça, e conseguiram, ordem judicial para realizar o curso de formação, e agora que concluíram o curso, o Governo da Paraíba insiste em não nomear os profissionais de segurança.
Chama a atenção a falta de assessoria ao governador para alertá-lo de que os concursados estão esperando há 12 anos, e ano passado conseguiram por meio de ordem judicial serem convocados para a realização do curso de formação. Terminaram o curso e agora estão sendo avisados que precisarão ingressar com outra ação para que a Justiça novamente tenha que determinar ao Governo a nomeação dos profissionais de segurança.
A maioria dos 14 concursados trabalhava e, em razão do curso de formação ter cargo horário integral, os profissionais tiveram de deixar empregos para se dedicar às aulas, última fase da caminhada antes da tão sonhada nomeação. As aulas foram de segunda a seta-feira, das 7h30 da manhã até às 23h10, e aos sábados das 7h30 às 18h.
Os quadros da Polícia Civil estão defasados, precisando de novos profissionais, a sociedade tem direito à segurança pública, mas infelizmente mudam o nome , mas os procedimentos do chefe do Executivo são exatamente iguais a alguns que já passaram pelo Palácio da Redenção.
Qual será o mérito que restará a um governante que tendo a oportunidade de nomear concursados da Polícia Civil não o faz ? Muito pelo contrário, nomeação de policiais civis por ordem judicial revela um Governo de continuidade na Paraíba, onde se destacaram a perseguição e desvalorização de profissionais de segurança pública.
Os concursados mesmo sem recursos, tenho a informação que vão se unir para ingressar com outra medida judicial, para terem o seu direito de nomeação assegurado, enquanto o governador vai nomeando os “apadrinhados” e aliados políticos.