As investigações sobre até onde a propina da Cruz Vermelha bancou bens em favor de envolvidos no esquema criminoso estão a todo vapor. O trabalho é intenso, complexo e transcende limites, divisas e fronteiras.
O dinheiro da propina da Cruz Vermelha bancou a compra de mansões, apartamentos, automóveis, e até financiou campanhas eleitorais de figuras que estão no gozo do exercício de mandato eletivo.
O que está para ser revelado ainda é um mistério. O que ocorreu na Paraíba alcançou níveis de organização criminosa surpreendentes. Uma engenharia que fabricava recursos para garantir e ampliar a força política de um núcleo.
O Ministério Público Federal no uso de provas compartilhadas com a Operação Calvário, chegou a conclusão de que Daniel Gomes da Silva, diretor nacional da Cruz Vermelha Brasileira, estava se desfazendo de bens, e comprou um imóvel de luxo, no valor de R$ 5,8 milhões, em Cascais, Portugal, para onde iria.
Essa informação somada a outros fatores, ensejaram a fundamentação do MPF no pedido de prisão ao Tribunal Regional Federal 2ª Região, em desfavor de Daniel Gomes da Silva, o que foi atendido pelo desembargador Marcelo Granado, que expediu o mandado de prisão.
Além da compra de imóvel de luxo em Cascais, o dinheiro da Cruz Vermelha Brasileira pode também ter servido para aquisição de imóvel, não exatamente, em Cascais, mas em Algarve, região rica, bela e atrativa para turistas da Europa inteira, e aposentados que querem viver num paraíso com excelente qualidade de vida, segurança, saúde, e educação.
Em breve a Paraíba saberá se realmente a propina da Cruz Vermelha serviu para a compra desse imóvel na região do Algarve, em Portugal, e para qual figurão.