O Gaeco/MPPB deflagrou a 2ª fase da Operação Calvário em 1º de fevereiro de 2019, com cumprimento de 3 mandados de prisão preventiva, e três mandados de busca e apreensão. Era o início das ações repressivas da Calvário no estado da Paraíba, com a prisão de Leandro Nunes de Azevedo, assessor flagrado recebendo caixa de dinheiro em hotel de luxo no Rio de Janeiro, e busca e apreensão contra dois secretários de estado, Waldson de Souza, e Livânia Farias.
Era uma sexta-feira, 1º de fevereiro deste ano, quando a imprensa noticiou a deflagração da Operação Calvário cuja missão seria desmantelar uma organização criminosa responsável em desvios milionários da saúde, através de contratação de organizações sociais para administrar Hospitais de grande porte no estado, como o Hospital de Trauma.
Só a Cruz Vermelha Brasileira faturou com o Governo do Estado da Paraíba, entre os anos de 2011 e 2018 cerca R$ 1 bilhão para administrar o Hospital de Trauma da Capital.
NOVO MANDADO DE PRISÃO À DANIEL GOMES – Na segunda fase da Operação Calvário foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, contra Leandro Nunes de Azevedo, Michelle Louzada Cardoso e Daniel Gomes da Silva, esses dois últimos já presos na primeira fase deflagrada em 14 de dezembro de 2018, no Rio de Janeiro.
Além dos três mandados de prisão preventiva também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra os secretários Waldson de Souza, e Livânia Maria da Silva Farias, e a empresária Analuisa de Assis Ramalho Araújo.
REAÇÃO DE SETORES DA SOCIEDADE – Com a divulgação de reportagem do Fantástico da Rede Globo sobre a primeira fase da Operação Calvário, os paraibanos ficaram sabendo do esquema criminosa articulado a partir de contratação de organizações sociais, para desviar recursos da saúde dos paraibanos.
A primeira organização social a chegar à Paraíba, foi a Cruz Vermelha Brasileira, trazida pelo ex-governador Ricardo Coutinho, que chegou a editar Medida Provisória 178/2011 , que posteriormente se transformou na lei 9.454 de outubro de 2011, da gestão pactuada, que garantia ao Governo a contratação das OSs.
Setores da sociedade se revoltaram pois a prisão de Leandro Nunes, para quem estava ansioso para ver os líderes na cadeia, era atingir os menores. Mas o que muitos não imaginavam era que a Operação Calvário se tratava de uma guerra deflagrada a poderosos e perigosos agentes públicos que usavam a proteção do discurso do voto popular para praticar crimes e desviar recursos. Por isso a cautela, estratégia, colher provas, e agir só com segurança jurídica. O resultados todos conhecem.