O episódio envolvendo a deputado Estela Bezerra, a vereadora Sandra Marrocos, ambas do PSB, e aliadas, durante Congresso de Mulheres do PSB em João Pessoa, não pára de gerar fatos e novos personagens. Neste domingo o secretário de Cultura do Governo do estado da Paraíba, Lau Siqueira, em sua página do facebook, publicou um texto em defesa da deputada Estela Bezerra e condenando as práticas agressoras e violentas em evento cujo segmento tem a missão exatamente de combater a violência contra a mulher.
Lau Siqueira lembrou que “a barbárie, a grosseria, o preconceito, a falta de respeito, a violência, não têm justificativa. O auxiliar do Governo do Estado lamentou que além das agressões físicas e verbais, Estela foi vítima de publicações de vídeos realizados , segundo o texto, pelas próprias agressoras. Veja abaixo a nota publicada e sua página no facebook:
RESPEITEM ESTELA!
As agressões físicas e verbais sofridas pela minha amiga de longas datas e hoje deputada estadual, Estela Bezerra, merecem um recado para os que pensam que na vida vale tudo. Estela foi agredida fisicamente no âmbito partidário e no segmento que atua. Por maiores que sejam as divergências, quando saem do âmbito das ideias, do entendimento e chegam ao ponto que chegaram, qualquer justificativa se torna dispensável. A barbárie, a grosseria, o preconceito, a falta de respeito, a violência, não têm justificativa.
As razões da agressão, sejam quais forem, não são justificáveis em hipótese alguma. Não sei quem agrediu. Não sei quem, achando pouco, filmou e publicou a agressão. Sinceramente não me interessam os detalhes. Só não dá pra ficar calado diante da brutalidade ordenando rumos em um segmento que luta contra a violência. Que contradição enorme é essa entre o discurso e a prática? O mundo vive momentos apreensivos com o crescimento do fascismo. Compreender que estamos vivendo momentos tensos na política é uma coisa. Trabalhar para que as coisas piorem, é outra. Inocentes úteis ou inúteis não tem lugar na história.
Para Estela a minha solidariedade e o braço amigo. Precisamos começar a refletir sobre as mazelas da nossa geração para que possamos passar o bastão com o distanciamento cada vez maior dos grandes inimigos que, não raro, moram dentro de nós. Isso que aconteceu com Estela é moeda de troca em muitas relações. É motivo de chafurdar para alguns trogloditas incautos. Acontece todo dia. Vai cair no esquecimento, mais dia menos dia. O problema é o que se faz com o próprio silêncio em momentos assim. Banalizar a violência, o preconceito, a falta de respeito. Tudo isso é sinal de decadência pessoal e falta de bússola.
Estela é uma lutadora do povo!
P S – “Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada”. (Nei Lisboa