Ainda não se tem dimensão do prejuízo aos cofres públicos da Paraíba com a contratação de Organizações Sociais para administrar unidades de saúde no estado. Contratações de empresas sem necessidade, ou seja gastos indevidos, superfaturamento, falta de comprovação dos serviços, entre outras irregularidades jogaram pelo ralo o dinheiro dos paraibanos.
Um dos desdobramentos é a Operação Calvário que já resultou na prisão da ex-secretária de Administração do Governo do Estado, Livânia Farias, do ex-assessor Leandro Nunes de Azevedo, do diretor nacional da Cruz Vermelha, Daniel Gomes da Silva, e de Michelle Louzada Cardoso, assessora e responsável por entregar propina em caixas de vinho a agentes públicos.
Apesar de todas as irregularidades apontadas pelos auditores do Tribunal de Contas do Estado, pelos procuradores do Ministério Público de Contas, por promotores do MPPB, o atual governador João Azevedo insiste em manter ou contratar Organizações Sociais para administrar unidades de saúde no estado.
A investigação Calvário apurou, e Leandro Nunes de Azevedo confirmou, que o dinheiro recebido em caixa de vinho, cerca de R$ 900 mil, foi propina da Cruz Vermelha entregue por Michelle Cardoso, para a campanha de João Azevedo ano passado, na qual o socialista foi eleito governador.
Após uma série de graves irregularidades na gestão da ABBC, o Governo do Estado resolveu trocar de Organização Social, e agora contratou o Instituto do estado do Maranhão Acqua, para administrar as UPAs de Gurabira, Santa Rita e Princesa Isabel. Em dezembro o ex-governador Ricardo Coutinho já tinha contratado a Acqua para gerir o Centro de Reabilitação da cidade de Sousa.
Na manhã deste sábado, alguns leitores do Blog trouxeram a observação de que o Instituto Acqua abriu prazo de seleção para quem deseja trabalhar na UPA de Guarabira, mas ao acessar o site da OS , o link para a realização da inscrição não está abrindo provocando reclamações.