O Sindicato dos Peritos Oficiais da Paraíba (SINDPERITOS-PB) realiza nesta quinta feira, dia 21, às 8h da manhã uma Assembleia Geral no pátio do Instituto de Polícia Científica (IPC) no Cristo Redentor. Na pauta uma série de direitos da categoria, questionamentos e irregularidades, que segundo os profissionais, tem gerado muitos problemas para a atividade, entre os quais : - Atendimento a locais decrime semm a presença do delegado ; - Uso de objeto particular na produção de prova pericial; - Servidores acumulando demanda de mais de um núcleo de perícia; - Vistoria do Ministério Público ao IPC; - Entrega de suvenir - Cartão programa de benefícios; - Descontos na mensalidade por indicação de novos associados. Em contato com o presidentedo Sindciato dos Peritos Oficiais do eStado da Paraíba, Herbet Boson Teixeira Silva,recebemos o seguinte informe da categoria: A Paraibana tem experimentado nesses últimos quatro anos um salto em qualidade no atendimento e em suas respostas. A imprensa tem noticiado e a população tem visto o trabalho de excelência que nossos peritos têm produzido. O que não sabem ainda é que todo esse resultado é às custas do nosso salário. As maletas repletas de material, das quais vcs veem os peritos sacarem instrumentos para avaliar os vestígios na cena do crime, são compradas com nosso salário e nossa carreira é a pior do Brasil em termos de remuneração. Investimos em livros caríssimos, pois hoje temos até nossas inscrições indeferidas na Academia de Polícia da Paraíba, a exemplo do último curso de Bombas e Explosivos, onde o colega Perito Engenheiro teve seu ingresso negado. Através dos nossos cinco Núcleos de Perícia, atendemos as mais de 270 delegacias de todo o estado, trabalhando presencialmente nos laboratórios e plantões de 24 horas, ao passo que em 118 delegacias, seus delegados trabalham de sobreaviso, ou seja, em casa. Comparecemos a todas as cenas de crimes investigados pelas delegacias, gerando diversos laudos dos mais variados setores da nossa estrutura. No entanto, os Delegados comparecem a menos de 10% dessas cenas (exceto as especializadas de homicídio, que estão presentes), contrariando o que diz o Código de Processo Penal em seu artigo 6. O Instituto de Polícia Científica é o segmento de mais pronto atendimento da Polícia Civil. Se uma equipe é acionada, o deslocamento para atendimento é imediato, salvo estarmos em outra ocorrência. Diante de tudo isso, está claro que pagamos o preço de um trabalho de excelência, literalmente. Está claro, pois os números não mentem, que trabalhamos mais do que o grupo que tem sido privilegiado na Polícia Civil, pois nossas cinco unidades acumulam suas 270 e estamos presentes em todas as cenas de crimes enquanto eles se ausentam, mas construíram, ao longo desses sete anos, um salário 100% maior que o nosso. Não bastasse, recentemente foi aprovado o Projeto de Lei 1664/17 que remaneja vagas para as classes, no qual foram remanejadas 40% das vagas de Delegados, ampliando em 100% as vagas para classe especial de Delegados e apenas 10% para os demais servidores. Para nós, peritos, Basta! Cansamos de desprezo. Não iremos mais encobrir a ausência no trabalho de quem DEVERIA se fazer presente; não iremos mais dilapidar nosso salário (pior carreira do Brasil) custeando material de trabalho que deveríamos receber. Permanecem nosso conhecimento e nossa excelência no agir à espera de condições para executar nosso valoroso trabalho para sociedade paraibana, a quem servimos.