A ação da organização criminosa, instalada no Governo do Estado da Paraíba, e desbaratada pela Força-Tarefa da Operação Calvário, agiu para comprometer até a independência dos Poderes na Paraíba.
A constatação foi feita pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator da Operação Calvário no Tribunal de Justiça da Paraíba, e integrante de um dos Poderes atingidos pelas ações da organização criminosa.
Sem adentrar com detalhes nas consequências da ação deliberada da organização criminosa o desembargador revela que a relação de independência e harmonia entre os poderes teria sido substituída por uma relação de submissão.
“A lesividade da atuação da ORCRIM em referência é observada com maior nitidez pela prática de diversos atos revelados pelos colaboradores ( corroborados pelo material probatório constante dos autos) em troca de vantagens indevidas, até mesmo a relação de independência e harmonia que deveria existir entre os Poderes teria sido substituída por uma relação de submissão, resultado da articulação dos integrantes do enfocado organismo delinquencial”, afirma o desembargador em despacho/decisão que determinou sequestro de R$ 134 milhões de Ricardo Coutinho e outros denunciados na orcrim.