Quando assumiu o Governo do Estado da Paraíba em janeiro de 2019 o governador João Azevedo defendeu com toda convicção a manutenção de organizações sociais na administração de hospitais no estado.
Dia 24 de janeiro de 2019 publicou decreto de intervenção no Hospital de Trauma da Capital, epicentro do maior escândalo de corrupção da história da Paraíba, através de desvios milionários através da Cruz Vermelha Brasileira.
O escândalo foi revelado a partir da deflagração da Operação Calvário pelo Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro e Polícia Federal, em dezembro de 2018.
Mesmo com todas as revelações o Governo da Paraíba manteve os contratos e pagou em 2019 o montante R$ 150 milhões a Cruz Vermelha Brasileira e o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional – IPCEP – organizações sociais utilizadas para desvios milionários do dinheiro da saúde dos paraibanos.
As informações estão disponíveis no sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, e revelam que o Governo não teve pressa em suspender os contratos com as duas principais organizações sociais envolvidas diretamente no esquema de corrupção e desvios de recursos públicos.
Em fevereiro de 2019 foi deflagrada a Operação Calvário na Paraíba com a prisão de Leandro Nunes Azevedo, flagrado recebendo uma caixa de vinho com R$ 900 mil em um hotel de luxo no Rio de Janeiro.
O dinheiro, oriundo de propina da Cruz Vermelha Brasileira foi utilizado para pagar despesas da campanha do atual governador da Paraíba João Azevedo.
Era o acordo, o Governo contratava as organizações sociais, e em troca, agentes políticos recebiam propina para pagar campanhas eleitorais na Paraíba e outra parte para enriquecimento ilícito.