O Gaeco do Ministério Público da Paraíba cumpre na manhã desta terça-feira, dia 17, mandado de busca e apreensão em João Pessoa, em Operação deflagrada para identificar integrantes de um bando que planejou assassinar um promotor, um delegado, e autoridades do estado do Mato Grosso do Sul.
O Gaeco do Ministério Público da Paraíba atua nesta Operação em conjunto com o Gaeco do Ministério Público do Mato Grosso do Sul. A Capital paraibana é a única cidade , fora do estado do mato Grosso do Sul, em que está sendo cumprido mandado na Operação.
A Operação cumpre 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (Capital do Mato Grosso do Sul), Sidrolândia, Aquidauana, Rio Verde e João Pessoa(PB).
Conversas de presos no presídio de Mossoró (RN), foram interceptadas e documentos apreendidos que constavam ordens para que pessoas específicas contratassem outras para efetuar o plano de matar o promotor e o delegado. Pedaços de papéis foram apreendidos e escutas foram utilizadas para desarticular o planejamento.
Alguns dos mandados de busca e apreensão estão cumpridos em endereços de familiares de Jamil Name e Jamil Name Filho, que estão presos no presídio de Mossoró, desde outubro de 2019 quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Omertá. Também está sendo cumprido mandado de busca contra um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul.
ENTENDA O CASO – As investigações foram iniciadas a partir de abril de 2019 após os assassinatos de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier. O Gaeco descobriu , após investigação, que quem estaria por trás dos assassinatos era uma organização criminosa chefiada pelo empresário Jamil Name e pelo filho Jamil Name Filho.
Uma das vítimas , Matheus Coutinho Xavier foi assassinado com 7 tiros de fuzil na cabeça, em frente a sua residência. Após investigação chegou a coincidência de que a mesma arma teria sido usada no assassinato de Ilson Figueiredo, ocorrido em junho de 2018.
A Operação Omertá foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa que controlava crimes de milícia armada, responsável por homicídios, além de corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
A primeira fase da Operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019, através do Garras ( Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequetros), e o Gaeco , com apoio dos Batalhões de Choque e Bope ( Polícia Militar) quando foram cumpridos mandados de prisão preventiva, temporária e 21 mandados de busca e apreensão.
O promotor e o delegado, alvos do plano de assassinato do bando, integram as equipes de investigação responsável pela desarticulação do grupo criminoso.