O presidente da Câmara de Vereadores de Conde, Aleksandro Pessoa, parece que decidiu comprar de vez a briga contra projeto que aumenta salários de servidores e cria a data base para reajuste da categoria.
Após utilizar uma manobra para evitar a aprovação do projeto dos servidores o presidente expulsou o presidente do Sindicato dos Servidores de Conde, (SINDISCONDE), da Casa do povo.
A polêmica sessão foi marcada por ato pitoresco do presidente da Casa, vereador Aleksandro Pessoa, que expulsou do plenário o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conde (SINDISCONDE), Erickson Finizola, que estava na Casa do povo para acompanhar a votação e aprovação do projeto de reajuste salarial para os servidores públicos.
O projeto, enviado pela prefeita Karla Pimentel (PP), propunha um aumento de 7,5% nos salários de todos os servidores municipais, além de instituir o dia 1º de maio como data-base para futuros reajustes. A proposta visava corrigir defasagens salariais e valorizar os profissionais do serviço público.
Durante a sessão, Erickson Finizola tentou acompanhar os debates representando os interesses dos servidores. No entanto, o presidente da Câmara interrompeu a fala de uma oradora presente no plenário e solicitou, por diversas vezes, que Erickson se retirasse do local. A atitude gerou críticas dos servidores presentes, que destacaram que a Câmara é a “Casa do Povo” e deve ser um espaço de debate e escuta.
Além do episódio da expulsão, o projeto de reajuste enfrentou obstáculos na Câmara. Apesar de inicialmente contar com apoio de parte dos vereadores, o presidente Aleksandro Pessoa indicou a vereadora Munique Marinho, atual primeira secretária da Mesa Diretora, para integrar as comissões responsáveis pela análise do projeto. Essa indicação contraria o regimento interno da Casa, que proíbe a participação de membros da Mesa Diretora em tais comissões.
Mesmo diante da proibição regimental, a vereadora atuou nas comissões e votou contra o reajuste salarial, sendo um voto decisivo para a derrubada do projeto. A ação do presidente da Câmara foi interpretada por muitos como uma manobra para obstruir uma proposta da gestão municipal, levantando questionamentos sobre a priorização de interesses políticos em detrimento do bem-estar dos servidores e da população.
O SINDISCONDE e os servidores municipais expressaram indignação com a postura da presidência da Câmara, ressaltando a importância do diálogo e da transparência nas decisões que afetam diretamente os trabalhadores do município.