A Operação Cifrão foi deflagrada pelo Gaeco/MPPB e Polícia Federal com o objetivo de combater irregularidades em licitações e contratos, com indício de superfaturamento e pagamento de propina, nas obras de Centros de atividades do Sesi – Serviço Social da Indústria – .
A ação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba) , Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Ministério Público Federal, cumpriu 28 mandados de busca e a preensão nas cidade de Campina grande, João Pessoa e Queimadas.
TERCEIRA DENÚNCIA DO GAECO/MPPB NA OPERAÇÃO CIFRÃO – Nesta quinta-feira, dia 13, o Gaeco ofereceu a terceira denúncia contra o presidente da FIEP, Buega Gadelha, e mais 7 pessoas, entre as quais tesoureiro da FIEP, supervisor do SENAI, servidor do IEL, diretor do SESI e empresários.
A terceira denúncia do Gaeco/MPPB no âmbito da Operação Cifrão aponta irregularidades de licitação do SESI e contrato com a empresa LPM no montante de R$ 1.435.957,55 ( Hum milhão, quatrocentos e trinta e cinco mil, novecentos e cinquenta e sete reais e cinquenta e cinco centavos) para obras em Centros de Atividades do SESI.
Conforme o Blog Pleno Poder, dos jornalistas João Paulo Medeiros e Gustavo Xavier, o Gaeco especificou os serviços contratados.
“A adoção de preço global, nesse(s) caso(s), só serviu para direcionar a licitação e restringir a competividade. Prova disso, foi que essa concorrência só contou com a participação de uma empresa (a LPM). Por sinal, de “fachada” para não dizer: “fantasma”. No mundo real, com mais razão na praça paraibana, poucas são as empresas que teriam tamanha expertise ou capacidade operacional para assumir a execução de obras (seis!) em municípios localizados desde o sertão até o litoral norte deste Estado, o que, inevitavelmente, reduziria o número de licitantes, como ocorreu. Essa, assim, é uma forte evidência de fraude licitatória por restrição de disputa”, afirmou o Gaeco.
PRESIDENTE E TESOUREIRO DA FIEP, DIRETOR DO SESI, SUPERVISOR DO SENAI DENUNCIADOS – Entre os oito denunciados pelo Gaeco/MPPB na terceira denúncia oferecida no âmbito da Operação Cifrão estão : o presidente Francisco Buega Gadelha, o tesoureiro da Fiep, Marconi Tarradt Rocha, o supervisor administrativo do Senai, Dannilo Cláudio de Araújo, o servidor do IEL Francisco Petrônio Dantas Gadelha, o diretor de Administração e Finanças do Sesi, José Aragão da Silva, os empresários Francisco de Paula Abrantes e Laudemiro de Souza e o engenheiro Marconi Wanderley.
DUAS DENÚNCIAS ANTERIORES AGUARDAM DESPACHO DO JUIZ – Quinze dias atrás o Gaeco/MPPB protocolou duas denúncias contra o presidente da FIEP – Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, Buega Gadelha e mais 8 pessoas, entre diretores da FIEP e empresários.
As denúncias do Gaeco apontam esquema no Sistema S na Paraíba, envolvendo fraude em contratação de construtoras para realização de obras em Centro de Atividades do SESI, sendo identificados superfaturamento, pagamento por serviços e obras não executados, pagamento de propina, lavagem de dinheiro , falsidade ideológica , fraude de concorrência, e apropriação indébita.
Os investigados foram denunciados por apropriação indébita, falsidade ideológica, crimes da lei de licitações, crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores e crime de organização criminosa.
Na época em que foi deflagrada a Operação Cifrão, o presidente da Fiep, Buega Gadelha, convocou uma coletiva de imprensa e afirmou que não houve qualquer tipo de irregularidade nas contratações.