A jornalista Pâmela Bório foi absolvida em ação na qual o ex-governador Ricardo Coutinho a acusou de supostas práticas de crimes de calúnia, injúria e difamação.
A sentença proferida pelo juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz, da 1a Vara Criminal da Capital, abolse Pâmela Bório e condena o ex-governador Ricardo Coutinho em custas e honorários advocatícios.
“Diante do exposto, com suporte no artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal, julgo improcedente a pretensão punitiva exposta na queixa e ABSOLVO PAMELA MONIQUE CARDOSO BÓRIO da imputação de infringência aos artigos 138, 139 e 140, todos do Código Penal”, sentenciou o magistrado.
“Condeno o querelante ao pagamento dos encargos processuais e dos honorários advocatícios, estes na base de 10% (dez por cento) sobre o valor da inicial”, concluiu na sentença.
Na ação Ricardo Coutinho acusa Pâmela Bório de difundir informações e opiniões com o objetivo de atingir a imagem e a honra dele.
A jornalista Pâmela Bório, ex-apresentadora da TV Tambaú, afiliada do SBT na Paraíba, integra atualmente a bancada do Programa Intrometidos, veiculado as segundas e quintas, as 20h, no canal do Youtube Intrometidos.
Ricardo Coutinho acusava a jornalista de publicar informações que atingiam a imagem e a honra dele, a exemplo de que ele “guardava o dinheiro em caixas de papelão no quarto de hóspedes da Granja Santana”
“Assegura a exordial que a “intenção da querelada no grupo sobre as eleições da Capital é justamente suscitar acusações, levando os membros do grupo a acreditarem em suposta ocultação de dinheiro público na residência do querelante”.
Registre-se uma frase de Pâmela Bório em debates em um grupo de whatsaap : “Não, Luiz, Ricardo não é de jogar dinheiro pela janela. Ele guardava o dinheiro em caixas de papelão no quarto de hóspedes da Granja Santana. E isso não foi só eu que vi ou tenho conhecimento”.
“A primeira asserção, à toda evidência, não consubstancia ofensa de nenhuma natureza. Afinal de contas, o ato de guardar dinheiro em caixas de papelão, pelo menos em minha ótica, não pode ser reputado como desabonador a quem quer que seja, principalmente quando não há, nem mesmo indiretamente, associação do dinheiro a algum ato ilícito”, afirma o magistrado.
O ex-governador Ricardo Coutinho acumula diversas ações criminais contra jornalistas e populares por reportagens, publicações, críticas, em veículos de comunicação e nas redes sociais.
OPERAÇÃO CALVáRIO – Uma força-tarefa integrada pelo Gaeco/ Ministério Publico Estadual, Ministério Publico Federal, Policia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, deflagrou a Operação Calvário, revelando o maior escândalo de corrupção da história do estado.
Após diversas fases da Operação, dezenas de prisões, mandados de busca e apreensão, acordos de delação premiada, homologados na Justiça, o Gaeco aponta em denuncia oferecida na Justiça, o ex-governador Ricardo Coutinho como chefe da organização criminosa responsável por desvios milionários na saúde da Paraíba.
Entre os réus que assinaram acordo de delação premiada estão Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha, a ex-secretária de Administração do Governo na gestão de Coutinho, Livânia Farias, o ex-secretário de Turismo, Ivan Burity, além de outros réus que colaboram com as investigações e a Justiça.