O empresário Adalberto da Silva Ribeiro, ex-diretor do Hospital Geral de Mamanguape, teve negado o pedido para suspender a cautelar que o proíbe deixar o Rio de Janeiro.
A juíza, titular da 42ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Alessandra de Araujo Bilac Moreira Pinto, ao analisar pedido da defesa de Adalberto Ribeiro, preso na Operação Calvário em dezembro de 2018, entendeu que a manutenção da cautelar seria razoável, proporcional e adequada, consideradas as peculiaridades do caso.
“Na hipótese, a prisão preventiva anteriormente decretada em desfavor do réu foi revogada, estabelecendo-se, fundamentadamente, medidas cautelares diversas à prisão, previstas no art. 319 do CPP, o que me parece razoável, proporcional e adequado, especialmente se consideradas as peculiaridades do caso. Desta forma, não havendo elementos que indiquem, de maneira inequívoca a possibilidade de revogação de tais medidas, estas devem, portanto, ser mantidas por seus próprios fundamento”, determinou.
Adalberto Ribeiro foi preso dia 14 de dezembro na primeira fase da Operação Calvário, no Rio de Janeiro. Foram oito meses preso, sem conseguir sua soltura, apesar dos diversos pedidos protocolados por seus advogados.
Com o fim da instrução criminal, em que já foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, e o próprio réu, a magistrada entendeu que a garantia da instrução criminal foi plenamente satisfatória, atendeu pedido da defesa e determinou a soltura do réu, para que respondesse, á época, o restante do processo em liberdade, sem prejuízo de nova prisão caso descumpra determinações.
EMPRESA DE ALBERTO FATUROU R$ 4,65 MILHÕES DA CRUZ VERMELHA – Consta nas investigações da Operação Calvário que Adalberto era administrador da empresa ARPX Construções, Transportes e Locações Ltda ME, “fornecedora que já captou mais de R$ 4,65 milhões oriundos de recursos públicos estaduais administrados pela Cruz Vermelha Brasileira”, relata.
A investigação da Operação Calvário descobriu que o empresário Adalberto Ribeiro, preso no Rio de Janeiro , “também é responsável pela empresa APX Serviços de Provedor de Internet Ltda ( nome fantasia : Rota Online”), com sede em Jacaraú, no estado da Paraíba”, revela o despacho.
Por fim , interceptações telefônicas no âmbito da Operação Calvário, autorizadas pela justiça, flagraram um interlocutor consultando sobre serviço na área de internet para o Hospital de Mamanguape. “Um interlocutor não identificado pergunta a Adalberto Ribeiro se ele conseguiria fornecer uma conexão de internet de 15 mega para o Hospital de Mamanguape, a indicar que Adalberto Ribeiro, também prestaria serviços para o IPCEP, outra organização social controlada por Daniel Gomes da Silva”, revela.