A força-tarefa responsável pela investigação na Operação Calvário , ao contrário dos cidadãos, não está de quarentena. São muitos documentos a analisar, gravações e interceptações a transcrever e diligências a cumprir.
O maior escândalo de corrupção da história da Paraíba não poupou os recursos públicos, nem poupa o trabalho abnegado de toda a equipe, todo dia, o dia todo.
A frente que se abriu de combate ao coronavírus não deixou em segundo plano a força-tarefa que enfrenta a orcrim da Calvário.
Os dois, o coronavírus, e a orcrim da Calvário, são ceifadores de vidas.
A diferença básica é que a orcrim da Calvário foi gestada pelo Governo, que por diversas razões há muito tempo calou a muitos.
Alguns jornalistas e seus sites e blogs caseiros criaram o soro da imunidade, e juntos com os Intrometidos, se vacinaram contra os ataques dos vírus virulentos da orcrim.
Ministros das mais altas cortes do país já consolidaram o entendimento de que a pandemia do coronavírus, por si só, não é suficiente para soltar presos, nem pobres nem ricos.
Partindo dessa tese, de que a pandemia , por si só, não é razão para soltar quem tá preso, por analogia não é impedimento para atuar contra bandidos soltos.
Por essa e por outras a força-tarefa da Calvário não está de quarentena, e os Intrometidos, também não.
Marcelo José
Jornalista e advogado