Certamente o Covid-19 assustará mais e matará menos do que outros dessa macabra raça dos Corona, seriais Killers que assombram a humanidade há pelo menos 60 anos. Também há séculos se especula que vírus e bactérias poderão varrer a vida humana da Terra.
Provavelmente, não será agora o extermínio apocalíptico das populações terráqueas, não obstante também a sua capacidade destruidora. Digamos que os povos do mundo ainda têm chance de redimir-se e reconstruir um lugar bom para viver. Mas, calma ! Nada disso será testado agora, em hora de desespero coletivo universal.
Trazendo esse cenário dramático só para o Brasil, importa saber se a população tem recursos materiais e humanos para enfrentar mais um ataque massivo e devastador desses descendentes diretos da famigerada família dos Corona, pela sua nova geração.
Apesar da histeria que resulta da manipulação da informação, direcionada a criar a dependência do povo aos velhos veículos de dominação política pela comunicação social, o país está pronto para debelar a crise, e as perspectivas são animadoras.
Impressiona, em princípio, o papel desempenhado pelas novas mídias eletrônicas, que não conseguiram que a vetusta Globo, prostituta de todos os bacanais políticos da velha e nova república, submetesse o povo e seus depauperados líderes à sua influência capital. Neste instante, ela subjuga os líderes e revaloriza seu passe, que decaia de importância e preço.
O fenômeno de ressurreição da Globo, que divide prestígio e poder com a mais virótica das escroquerias políticas brasileiras, incubada no Congresso Nacional e nos escombros do lulopetismo bacteriano agonizante, constitui um vírus à parte.
Não pode haver dúvida de que a crise gerada pelo Covid tem as duas faces da mesma moeda : a face humana e a econômica, que exigem terapêuticas simultâneas, na medida em que uma é remédio da outra e ambas se salvam ou sucumbem juntas.
Agora, mais tontos do que o povo, os líderes nacionais, quase todos submissos à Globo e agindo em conluio conspiratório com setores promíscuos da vida pública brasileira, marcham para saquear o Tesouro e minar a governança federal, extorquindo recursos para salvar os grandes negócios, a pretexto de salvar vidas.
Escrevam aí : essas quarentenas indiscriminadas, feitas na base da incerteza, que hoje alimentam as discórdias políticas, são um pano de fundo para ampliar artificialmente o retrato da tragédia maquiada, cujo maior interesse não é proteger os velhinhos,
Esses líderes contaminados sabem que terão de salvar ao mesmo tempo os doentes e a economia, mas passam a impressão enganosa de que preferem salvar logo vidas. Mais tarde se saberá que eles investiram muitas vezes mais nos negócios. E que somente os discursos é que os fizeram diferente.
Gilvan Freire
Advogado e analista político