Nos últimos 9 anos a Paraíba viveu tempos sombrios. A corrupção sistêmica que desviava recursos da saúde e da educação bancava eleições de “escolhidos” pela organização criminosa.
O dinheiro da propina amealhado dos cofres do estado da Paraíba serviu para manter no poder um grupo periculoso. Não apenas para desviar recursos, mas para ameaçar, intimidar, chantagear, jornalistas, autoridades e pessoas do povo que ousaram por exercício da função ou por simples opinião, questionar.
Tempos sombrios porque sequer decisões judiciais eram cumpridas.
Tempos sombrios porque jornalistas eram impedidos de trabalhar, devido a pressão econômica nas empresas.
Tempos sombrios porque a Orcrim montou um esquema para controlar poderes e órgãos e a imprensa, de forma nunca visto na Paraíba.
Tempos sombrios porque quem não estivesse sob o controle da Orcrim, era ameaçado, intimidado, chantageado, e até impedido de dar efetividade a sua atividade profissional.
Tempos sombrios porque existia uma máquina do mal, bancada com verba pública, para destruir reputações e imagem de quem atravessasse o caminho do grupo.
Um segmento sequer estava imune as ações criminosas da orcrim. De líderes religiosos, aos próprios investigadores do Gaeco/MP, ninguém escapou da sanha periculosa.
Da imprensa ao Poder Judiciário, de empresários a policiais, todos estavam na mira da quadrilha.
Autoridades, servidores públicos, profissionais liberais, cidadãos comuns do povo sabem exatamente a importância da Operação Calvário/Juízo Final. Pois cada um, em seu silêncio, sabe que foi vítima de alguma forma de violência da orcrim.
Pelos explícito no despacho da 7ª fase da Operação Calvário, e também pelo muito que ainda falta ser citado, a Operação Calvário ainda tem um razoável caminho pelo frente.
A Paraíba está eternamente grata aos que lutaram na trincheira do bem. Afinal os homens de bem ganham liberdade quando a Justiça prende criminosos.
“Porque não há nada oculto senão para ser revelado, e nada escondido, senão para ser trazido à luz”, Bíblia Sagrada, Marcos 4;22