É muito mais grave do que se pensa a mentira do porteiro nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
Poderia até ter sido um esquecimento do porteiro, uma ligeira confusão na cabeça dele. Mas não, o porteiro mentiu com claro e único objetivo de tentar incriminar o presidente da República.
A gravação da conversa entre o porteiro e o dono da casa de nº 65 do condomínio desmascara completamente a mentira. Assim esclareceu o Ministério Público do Rio de Janeiro :
“A análise técnica dos arquivos de áudio da guarita do condomínio revela que às 17h07 do dia do crime, o porteiro anunciou a ida de Elcio Queiroz à casa número 65, então residência de Ronnie Lessa, e teve a sua entrada liberada pelo próprio, conforme confronto vocálico realizado pela perícia entre a voz do Ronnie constante do seu interrogatório e a voz que autoriza a entrada de Élcio no dia do crime. Assim, pelo laudo técnico produzido, não há dúvidas de que foi o próprio Ronnie quem autorizou o ingresso de seu comparsa no condomínio, de onde partiram para a execução do crime minutos depois, às 17h24, do Quebra-mar, na Barra da Tijuca”.
Segundo a investigação o Élcio Queiroz foi até a casa do Ronnie Lessa às 17h07 do dia 14 de março de 2018, e de lá saíram para execução dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Não é senso comum querer acreditar que o porteiro criou a mentira de sua cabeça, sem mais nem menos. Há algo tão grave quanto a mentira por trás disso tudo.
Esse episódio da mentira do porteiro virou uma coisa diabólica, pois é ele o diabo o pai da mentira. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará, João 8:32”.
O caso requer um novo depoimento do porteiro, agora para que ele esclareça quem está por trás de sua mentira.
Afinal a quem interessava a mentira do porteiro ?
Marcelo José
Jornalista e advogado