Daniel Gomes da Silva, apontado como o chefe da orcrim que desviou milhões de reais da saúde dos paraibanos, achou que os cofres públicos da Paraíba era sua sorte grande.
Além de comandar a Cruz Vermelha Brasileira e o IPCEP, organizações sociais que administravam os hospitais de Trauma da Capital, o Metropolitano Dom José Maria Pires, e o Hospital Geral de Mamanguape, Daniel Gomes, tinha certeza que ao contratar com o Governo da Paraíba havia acertado na loteria.
Uma informação revelada nesta terça-feira, dia 15, por ocasião da deflagração de mais uma fase da Operação Calvário, mostra bem o estilo ousado do empresário que além dos recursos da saúde, queriam também ganhar dinheiro com apostas através de bilhetes premiados da Lotep, do Governo do Estado da Paraíba.
Através do afastamento do sigilo telemático da Daniel Gomes , realizado após a prisão do mesmo em dezembro do ano passado, durante a primeira fase a Operação Calvário deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, foi descoberto um novo empreendimento no estado da Paraíba.
“Possível constatar que Daniel gomes estava implantando a venda de bilhetes premiados ( bilhete da sorte), patrocinado pela Lotep, pertencente ao Governo do Estado, bem como que o Governo do Estado forneceu um imóvel para funcionar como sede da CVB/PB ( Cruz Vermelha Brasileira, Paraíba)”, revela o despacho do desembargador Ricardo Vital de Almeida.