Em que pese os julgamentos do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba , de forma reiterada, terem imputado débitos de milhões de reais aos gestores de Organizações Sociais contratadas para a gestão de Hospitais, UPAs e outras unidades de saúde na Paraíba, o Governo do Estado até agora tem sido omisso.
Até o presente momento o Governo do Estado da Paraíba não anunciou uma medida judicial sequer para reaver os recursos desviados da saúde para engordar a conta de agentes públicos a título de propina e bancar campanhas eleitorais, inclusive a do atual governador, segundo consta das investigações da Operação Calvário.
Vale ressaltar que o Tribunal de Contas tem feito o seu papel quanto a identificação de prejuízo ao erário, despesas não comprovadas, contratação de serviços desnecessários, gerando ainda custos para a população. E com isso tem julgado irregular a prestação de contas das Organizações Sociais, inclusive a Cruz Vermelha, que recebeu mais de R 1 bilhão dos cofres públicos na Paraíba.
O Ministério Público, através do Gaeco, também tem feito sua parte na investigação da Operação Calvário, que já resultou no âmbito da Paraíba, nas prisões da ex-secretária Livânia Farias, e dos assessores Leandro Azevedo, Maria Laura, e em mandados de busca e apreensão em face de Gilberto Carneiro e Wladson de Sousa, ex-procurador geral do estado, e ex-secretário de Saúde, e Orçamento do Governo.
O que chama a atenção é que o governador João Azevedo assiste a tudo isso com naturalidade e discurso de que vai manter as Organizações Sociais cuidando dos recursos, unidades e da saúde da população paraibana. Pior , até agora, não se viu uma medida sequer, efetiva para que as OSs devolvam aos cofres do estado o dinheiro que foi surrupiado.