Após a Operação Calvário que mira desvios milionários de recursos da saúde da Paraíba, através de contratos com a Cruz Vermelha Brasileira, Organização Social , que já faturou mais de R$ 1 bilhão para administrar o Hospital de Trauma da Capital, mais uma bomba caiu na cabeça do ex-governador Ricardo Coutinho, que a partir de agora passa a ser réu na Ação Penal que vai julgar os responsáveis pelo assassinato do jovem Bruno Ernesto, em fevereiro de 2012.
O Inquérito 1200 tramitou no Superior Tribunal de Justiça devido a condição de governador do até então investigado, Ricardo Vieira Coutinho. Com o fim do mandato e com a perda do foro privilegiado, o processo veio para a Paraíba,para a o 2º Tribunal do Júri de João Pessoa, por se tratar de crime contra a vida.
O processo no portal do Tribunal de Justiça da Paraíba tramita com o número 0002760-72.2019.815.2002 , com assunto homicídio , e réu o ex-governador Ricardo Vieira Coutinho.
Bruno Ernesto era gerente de Suporte na Prefeitura de João Pessoa, contratado pelo ex-prefeito Luciano Agra, período em que estavam implantando o projeto Jampa Digital, anunciado pelo ex-prefeito Ricardo Coutinho.
Bruno Ernesto foi assassinado covardemente em Gramame, zona sul da cidade, após ser raptado no bairro dos Bancários. Os bandidos atiraram duas vezes na vítima, sendo um dos tiros na nuca, demonstrando ser crime de execução.
Graças a investigação realizada pela família, junto ao Ministério Público da Paraíba, anos após o assassinato, se descobriu que a arma e as munições utilizadas no assassinato de Bruno Ernesto, eram de propriedade do Governo do Estado da Paraíba, sendo a arma da Polícia Militar e as munições da Secretaria de Administração Penitenciária.
O processo vai tramitar no 2º Tribunal do Júri, onde os acusados terão oportunidade de se defender e ao final serão julgados por um corpo de jurados.