O deputado federal eleito e coordenador da equipe de transição no Nordeste, Julian Lemos (PSL), revelou nesta segunda-feira (3) os critérios que vai adotar para preenchimento dos cargos federais na Paraíba. De acordo com o deputado, a ideia é prestigiar os funcionários de carreira.
“Minha intenção é que funcionários de carreira assumam os cargos comissionados. Só para dá um exemplo: no Dnocs, o salário dos diretores é R$ 6 mil. Ao invés de colocar uma pessoa minha para assumir essa função, vamos contemplar pessoas do quadro técnico. Eu mesmo não tenho interesse de indicar ninguém. Não vou colocar ninguém da família. Não posso ter rabo preso. Vou fazer um mandato no antagonismo do que faz a classe política”, prometeu.
Lemos revelou que está sendo feito um levamentamento minucioso sobre os cargos no Nordeste para apresentar todos as informações à população, no entanto, Julian adiantou que a farra com os cargos públicos é algo inadmissivel. O parlamentar afirmou que a corrupção no Brasil passa por essas indicações.
“Os políticos não vão mais ter autarquias para operar. O país não tem como o país suportar essa prática, esse modelo. Mais de 80% da corrupção no Brasil passa pelas indicações políticas nas estatais, autarquias e fundações. Não podemos aceitar um deputado com 700 cargos, cada um a R$ 1 mil, no mímino, para favorecer amigos e o seu reduto eleitoral. Quem paga a conta é a sociedade que não aguenta mais”, desabafou.
Julian ressaltou, no entanto, que tem todo interesse em dialogar com os colegas de parlamento, mas sem o tradicional toma lá, dá cá. “Vamos mudar o conceito de fazer política no estado e no Brasil”, afirmou. Ele espera contar com o apoio da maioria da bancada paraibanana ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).