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Home Cidades

Seis anos do assassinato de Bruno Ernesto e as digitais que não se apagam – por Marcelo José

7 de fevereiro de 2018
Pais de Bruno Ernesto desmentem arquivamento do caso e projetam : “as máscaras haverão de cair”

“Era um almoço de domingo com a família na casa dos avós. Foi um dia diferente porque eu agi como se algum pressentimento tivesse. Eu o acompanhei até a porta do elevador, dei um beijo em sua face e um abraço demoradamente”. O relato é de dona Inês Ernesto, mãe do jovem Bruno Ernesto. Essa foi a última vez que a mãe encontrou, abraçou e beijou seu filho, vivo.

Ninguém sabia, mas o almoço em família era a despedida do neto, filho e irmão querido Bruno. Enquanto a família trocava carinho, afeto e brindava vida longa a nova geração, um grupo de marginais, estimulado por “fita dada” , tramava o assalto, para subtrair os bens e tirar a vida do jovem promissor.

Dois dias depois do almoço de domingo com a família, Bruno Ernesto, ao chegar de carro na porta de casa foi abordado, rendido, colocado na mala e levado para Gramame na região Sul da cidade. Sozinho cercado por sete indivíduos, três maiores e quatro menores, a vítima estava indefesa e não oferecia resistência que pudesse justificar o ato. Foi colocado de joelhos, ainda pediu para que não o matassem. Foi executado, de joelhos, sem dó, nem piedade, com dois tiros, um deles na nuca. Crime de execução.

A declaração de um delegado foi categórica : “Execução. tipo de execução. Não tinha nenhum sinal de de tortura, nem escoriação pelo corpo”. Mas no dia seguinte a tese de latrocínio foi sustentada até o final do inquérito, em tempo recorde, e os acusados foram condenados.

Bruno Ernesto do Rêgo Moraes, tinha 31 anos de idade, à época. Era diretor de infraestrutura de suporte da Prefeitura de João Pessoa, função que tinha uma missão : fazer funcionar um projeto chamado “Jampa Digital” lançado para levar internet sem fio, de graça, à população de João Pessoa.

“Esse dia do almoço do domingo com a família foi estranho porque quando fui deixá-lo na porta do elevador ele falou justamente que estava preocupado com relação a execução do projeto (Jampa Digital), que não tinha os equipamentos adequados, mas que iria dá um jeito de organizar. E eu falei pra ele não se estressar. Faça o que tem que fazer. Se você viver 100 anos ainda não vai colocar o serviço público em ordem. Ele não gostou e me disse : se todo mundo pensasse igual a mim as coisas não iriam acontecer. Esse foi nosso último momento”, contou dona Inês.

Quarenta e sete dias depois do assassinato de Bruno Ernesto, no dia 25 de março de 2012, o programa Fantástico da Rede Globo exibiu uma reportagem completa mostrando as irregularidades do Jampa Digital.  Mais 46 dias depois a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagram a Operação Logoff, com mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de João Pessoa, e na sede da empresa na Bahia e em Pernambuco.

Dona Inês não está sozinha. Há muitas mães juntas com ela. Há muitos homens e mulheres de bem na Paraíba, e no Brasil, que estenderam suas mãos e suas orações durante esses seis anos. Bruno Ernesto era estudioso, tinha muitos planos, e se preparava para cursar Direito no Unipê. Seus sonhos foram interrompidos. Mas nada apagará em dona Inês a chama da justiça. Nem as digitais dos criminosos se apagam.

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