A equipe do Blog assistiu Botafogo 2 x 1 Náutico, e fez avaliação do jogo, e deu nota aos jogadores e ao técnico do Belo.
VEJA ABAIXO :
Samuel ( goleiro) – Nota 7,0 – O goleiro botafoguense foi inseguro em lances de bola na área. Não saiu bem em bolas aéreas, e tomou um gol de um chute de muita distância. Talvez pela pressão a partir das críticas ou por má fase, afinal substituir Saulo não é fácil.
Léo Moura ( lateral direito) – Nota 9,0 – Experiência aliada a técnica apurada e visão de jogo. De um lance que seria normal na lateral Léo Moura gerou ataques perigosos ao deixar Pimentinha em excelente condição de ataque botafoguense. Encontra companheiros em espaços no campo adversário. Deu melhor toque de bola ao time, dando mais consciência e tranquilidade na saída de bola e segurança aos atacantes de bola em profundidade. Parece até que vinha jogando com Pimentinha há uma década. Pela idade, sabiamente, evitou exposição no primeiro combate na ponta esquerda adversária.
Fred (zagueiro) – Nota 8,5 – Seguro, objetivo e líder na defesa. Perdeu um pouco o foco no segundo tempo quando o Botafogo estava em vantagem no placar e com dois homens a mais. O time teve dúvida se tocava a bola atrás ou se atacava e isso gerou situações de saída errada de bola. Suposta vantagem excessiva leva a acomodação.
Luís Gustavo (zagueiro) – Nota 8,0 – A boa nota tem o peso do gol decisivo na vitória. Bem nas bolas altas. Luís Gustavo precisa acertar melhor a marcação, tempo de bola, e posicionamento com o lateral esquerdo Mário.
Mário (lateral esquerdo) – Nota 7,5 – Teve muita dificuldade de marcação pela força do ataque do Náutico pela direita, setor pelo qual o time pernambucano construiu jogadas e criou chances de gol. Subiu pouco ao ataque, em uma das vezes fez boa jogada e teve chance de marcar o gol.
Rogério ( volante) – Nota 8,0 – Aplicado taticamente é o volante fixo que protege a cabeça de área. Por sua função não aparece para o torcida. Responsável por impedir a criação de jogadas na intermediária, o que fez incansavelmente.
Juninho (meio-campo) – Nota 7,5 – Apesar das críticas Juninho cumpriu papel tático muito específico em campo. Juninho fazia a figura de segundo homem de marcação no setor intermediário, ao mesmo tempo cobria os avanços de Léo Moura. Também fazia o primeiro combate nos setor do lado direito, deixando Léo Moura como homem da sobra. Não foi forte na saída de bola, mas ajudou o time no esquema tático montado por Pizza.
Rodrigo Andrade ( Meio-campo) – Nota 8,0 – Mostrou experiência, segurança e tranquilidade ao assumir a cobrança de pênalti e marcar o segundo gol do Botafogo. Vem tentando encontrar espaço em campo para mostrar melhor futebol. O esquema com dois homens abertos, Kelvin pela esquerda e Pimentinha pela direita, proporciona opções mas ao mesmo tempo o deixa meio isolado no meio campo. Tem qualidade mas precisa crescer junto com o time.
Kelvin – Nota 9,0 ( Atacante) – Não é fácil encontrar um jogador que reúna tantas qualidades quanto Kelvin. Sabe se posicionar, tem habilidade, velocidade e pelo fato de driblar facilmente para os dois lados, dificulta a marcação do adversário. Quando a bola sobrou para ele na frente da área não usou a força, viu muita gente na área, e colocou no canto esquerdo, originando o escanteio do primeiro gol do Belo. Além de opção forte ofensiva, também cumpre a função de marcar a saída de bola adversária. Se manter o futebol vira ídolo rápido da torcida.
Lohan ( Atacante) – Nota 8,0 – Centroavante nato, lutador, não desiste da bola. Foi assim que nasceu o lance do pênalti para o segundo gol. Na posição que ocupa precisa marcar, senão perde espaço no time.
Pimentinha ( Atacante) 9,5 – O melhor em campo pelo Botafogo. Extrema habilidade , tem visão de jogo e velocidade. A exemplo de Kelvin dribla para os dois lados, o que confunde a marcação. Chama a responsabilidade do jogo. Os dois gols tiveram origem em jogadas dele. No primeiro tempo em contra ataque pela esquerda quando surgiu o escanteio. E no pênalti quando também fez a jogada e cruzou na área.
SUBSTITUIÇÕES
Marcelo Xavier ( Luís Gustavo) – Modificação por solicitação de Luís Gustavo para não agravar incômodo. A disputa pela vaga vai ser boa durante a temporada.
Marcos Vinícius ( Juninho) – Após cumprir missão tática importante Juninho cansou e o técnico deu fôlego novo com entrada de Marcos Vinícius.
Mário Sérgio (Lohan) – Mário Sérgio entrou ligado e teve chance de marcar o terceiro gol.
Evaristo Piza – Nota 9,0 – Foi ousado e começou o jogo com proposta clara de surpreender o Náutico com contra ataques afinal sabia que o Timbú viria pra cima. Escalou dois velocistas , Kelvin pela esquerda e Pimentinha pela direita. Nessa aposta começou a ganhar o jogo.
Escalou Juninho para preencher espaço de campo próximo a Léo Moura, para cobrir subidas do lateral e fazer o primeiro combate , evitando que Léo ficasse na situação de um contra um.
Mudou certo trocando Juninho por Marcos Vinícius, e Lohan por Mário Sérgio. Marcelo Xavier entrou por pequeno incômodo de Luís Gustavo.
A vitória deve ser esquecida. Afinal nesta quarta-feira, tem outra guerra, valendo vaga na próxima fase da Copa do Brasil
Análise do jogo – O Náutico começou melhor organizado. De início mostrou melhor conjunto. O Botafogo errava quando tentava fazer ligação direta, sem o domínio da bola no setor de meio campo. O Botafogo chamou o Náutico para seu campo, e numa dessas conseguiu contra ataque com Pimentinha, depois chute de Kelvin e escanteio do gol de Luís Gustavo.
Na frente do marcador o Botafogo viu o Náutico subir ao ataque ainda mais e encontrou espaços para tabelar e construir boas jogadas de contra ataques. Sempre com a habilidade e a velocidade de Kelvin e Pimentinha.
No segundo tempo o Botafogo fez logo o segundo após jogada de Pimentinha pela direita e Lohan sofrer pênalti. Rodrigo Andrade com categoria fez 2 x 0.
Após estar na frente com 2 x 0 o Botafogo sofreu o gol de Jean Carlos, em chute de longe que Samuel não defendeu. Com 2 x 1 no placar e depois com dois homens a mais em campo ( 2 jogadores do Náutico foram expulsos) o Botafogo recuou, cedeu muito espaço e sofreu pressão no final da partida. Não é incomum o time na frente do placar e em vantagem numérica em campo, perder um pouco o foco e a concentração.
A vitória não apenas trouxe três pontos imprescindíveis ao Belo, como também impulsionou a confiança interna ( jogadores e comissão técnica) e externamente ( torcida e imprensa). O ingrediente que faltava para o jogo da Copa do Brasil desta quarta-feira, na Bahia contra o Atlético. O Belo joga pelo empate para ir à próxima fase.