Na velocidade com que as informações vão chegando o Governo socialista Girassol, cantado de republicano, cada vez mais joga a Paraíba na lama.
Para passar a impressão de legalidade da seleção de Organizações Sociais, portarias e editais eram publicados no Diário Oficial do Estado.
No caso da seleção da “OS” do Hospital Metropolitano, o início do recebimento de propostas para serem analisadas pelo Governo do Estado estava marcado para o dia 19 de setembro de 2017, mas 40 dias antes, dia 7 de agosto, o governador Ricardo Coutinho quis saber e foi informado pelo empresário Daniel Gomes da Silva, qual seria a Organização Social escolhida para assinar contrato com o Governo e ficar com o faturamento pela gestão do Hospital Metropolitano.
O edital de chamamento público para a seleção da nova Organização Social que ficaria com o contrato com o Governo do Estado para administrar o Hospital Metropolitano continha 124 páginas. Mas era só burocracia porque em conversa com o então governador Ricardo Coutinho, gravada pelo empresário Daniel Gomes da Silva, e juntada no acordo de delação premiada, dia 7 de agosto de 2017, o nome do IPCEP já antecipadamente revelado ao gestor socialista.
A ideia era alternando as Organizações Sociais para desviar o foco das críticas da imprensa e de setores de fiscalização ao Governo do Estado. Tanto a Cruz Vermelha Brasileira, quanto o IPCEP, estavam sob o controle do empresário Daniel Gomes da Silva. A Cruz Vermelha assinou seu primeiro contrato em julho de 2011, após Daniel Gomes da Silva, contribuir com R$ 500 mil de doação para a campanha de 2010 do candidato Ricardo Coutinho.
Depois da Cruz Vermelha assinar contrato para administrar o Hospital de Trauma de João Pessoa, foi a vez de Ricardo Coutinho e Daniel Gomes trazerem o IPCEP para administrar o Hospital de Mamanguape. E antes de receber as propostas do edital do chamamento público , o governador já estava sabendo quem iria assinar contrato, o IPCEP, conforme gravação entregue a Procuradoria Geral da República e à Polícia Federal.