Enquanto a mídia nacional está atenta a movimentação no Superior Tribunal de Justiça sobre o pedido de habeas corpus de Ricardo Coutinho, a Operação Calvário não pára de produzir novos fatos e revelações. A mais recente trata de um capítulo da delação de Ivan Burity sobre Aijes pedindo a cassação de mandato do ex-governador.
Delação do colaborador Ivan Burity no âmbito da Operação Calvário tem tudo para estarrecer a Paraíba e o Brasil. Trata-se de um anexo específico sobre operações para salvar o mandato do ex-governador Ricardo Coutinho, em processos de cassação do ex-governador Ricardo Coutinho na Justiça Eleitoral.
Os detalhes do anexo da delação de Ivan Burity sobre operações para salvar o mandato do ex-governador Ricardo Coutinho em ações eleitorais, estão sendo apurados, e comparados também com informações do outro delator Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha Brasileira.
O ex-governador Ricardo Coutinho foi preso na última quinta-feira, dia 19, por determinação do desembargador Ricardo Vital de Almeida no âmbito da Operação Juízo Final, 7ª fase da Operação Calvário.
Na quinta-feira, dia 19, o ex-governador foi levado para carceragem da Polícia Federal, em João Pessoa, onde passou a noite. Ontem foi encaminhado para audiência de custódia no Tribunal de Justiça, e depois levado para a penitenciária Hitler Cantalice, no bairro de Mangabeira.
Ontem a defesa do ex-governador Ricardo Coutinho protocolou pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça. A estratégia do ex-governador foi evitar julgamento da relatora, Laurita Vaz, por isso só deu entrada com o HC só ontem no período de recesso judiciário, levando o processo ao gabinete do presidente do STJ João Otávio de Noronha.
Ocorre que o presidente não poderia julgar, e a defesa sabia disso, porque Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador, contratou como advogado o filho do presidente do STJ.
O pedido de habeas corpus então iria para a vice-presidente Maria Thereza de Assis Moura, mas devido a ausência da ministra, o processo foi parar no gabinete do ministro Napoleão Nunes Maia, que foi relator de Aije que pedia a cassação de Ricardo Coutinho. Seguindo voto do relator o TSE absolveu o ex-governador. Em outra Aije o ministro Napoleão Nunes Maia arquivou monocraticamente a Ação.
Informações reveladas até agora em parte das delações premiadas de Ivan Burity e Daniel Gomes da Silva já foram suficientes para expor à sociedade paraibana e brasileira e gravidade e a extensão dos crimes praticados na gestão pública da Paraíba nos últimos anos.