O empresário Adalberto da Silva Ribeiro, ex-diretor do Hospital de Mamanguape, preso na Operação Calvário, em dezembro do ano passado, no estado do Rio de Janeiro, virá à Paraíba na segunda quinzena do mês de outubro próximo.
Após passar 8 meses preso o empresário foi solto por ordem da juíza , Alessandra de Araújo Bilac Moreira Pinto, titular da 42ª Vara Criminal do Rio Janeiro, onde tramita o processo da Operação Calvário.
Adalberto Ribeiro foi preso dia 14 de dezembro na primeira fase da Operação Calvário, no Rio de Janeiro. Foram oito meses preso, sem conseguir sua soltura, apesar dos diversos pedidos protocolados por seus advogados.
Com o fim da instrução criminal, em que já foram ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, e ele próprio o réu, também já foi ouvido, a magistrada entendeu que a garantia da instrução criminal foi plenamente satisfatória, atendeu pedido da defesa e determinou a soltura do réu, para que responda o restante do processo em liberdade, sem prejuízo de nova prisão caso descumpra determinações.
Mesmo sendo solto há um mês no Rio de Janeiro o réu Adalberto Ribeiro não tinha autorização para viajar, por isso os advogados fizeram o pedido para que pudesse vir à Paraíba e Rio Grande do Norte “para visitar mãe e a sogra”, o que não teve objeção do Ministério Público e foi autorizado pela magistrada.
EMPRESA DE ALBERTO FATUROU R$ 4,65 MILHÕES DA CRUZ VERMELHA – Consta nas investigações da Operação Calvário que Adalberto era administrador da empresa ARPX Construções, Transportes e Locações Ltda ME, “fornecedora que já captou mais de R$ 4,65 milhões oriundos de recursos públicos estaduais administrados pela Cruz Vermelha Brasileira”, relata.
A investigação da Operação Calvário descobriu que o empresário Adalberto Ribeiro, preso no Rio de Janeiro , “também é responsável pela empresa APX Serviços de Provedor de Internet Ltda ( nome fantasia : Rota Online”), com sede em Jacaraú, no estado da Paraíba”, revela o despacho.
Por fim , interceptações telefônicas no âmbito da Operação Calvário, autorizadas pela justiça, flagraram um interlocutor consultando sobre serviço na área de internet para o Hospital de Mamanguape. “Um interlocutor não identificado pergunta a Adalberto Ribeiro se ele conseguiria fornecer uma conexão de internet de 15 mega para o Hospital de Mamanguape, a indicar que Adalberto Ribeiro, também prestaria serviços para o IPCEP, outra organização social controlada por Daniel Gomes da Silva”, revela.