O escândalo do Propinoduto, como ficou conhecido o caso do carro apreendido pela polícia da Paraíba com R$ 81 mil de propina destinados ao irmão do ex-governador, Coriolano Coutinho e mais três secretários à época, foi pauta do Fórum dos Servidores Públicos do Estado da Paraíba em 2014.
O Fórum protocolou documento no Ministério Público da Paraíba, dirigido ao então Procurador Geral de Justiça, Bertrand Asfora, solicitando informações se o inquérito sobre o Propinoduto tinha sido remetido ao MP e se o Governo haveria pedido investigação do caso.
O Fórum dos Servidores , uma entidade que reunia diversas entidades de servidores públicos civis e militares, lutava contra a política de arrocho salarial praticada pelo governador Ricardo Coutinho, e os integrantes do Fórum ficaram indignados ao tomar conhecimento que enquanto o Governo editava Medida Provisória para congelar salários das categorias o dinheiro público estava abastecendo auxiliares do então governador da Paraíba, inclusive o próprio irmão do gestor, segundo consta da denúnica do MP.
O primeiro ofício protocolado no MP pelo Fórum dos Servidores foi no dia 29 de setembro, e já no dia 7 de outubro a entidade reiterou o pedido de informação sobre o escândalo.
O documento foi assinado por quatro representantes de categorias que integravam o Fórum dos Servidores, Victor Hugo, então presidente do Sindfisco, coronel Francisco de Assis, presidente do Clube dos Oficiais da Polícia Militar da Paraíba, Tarcísio Campos Saraiva Andrade, presidente do Simed – Sindicato dos Médicos -, e Paulo Xavier Batista, coordenador do Sintep – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Paraíba.