Desde o início da Operação Calvário, os promotores do Gaeco, têm obtido revelações estarrecedoras sobre nomes de integrantes, a forma de agir, recebimento de propina e como os membros da organização criminosa faziam a lavagem do dinheiro.
Leandro Nunes de Azevedo, assessor da ex-secretária Livânia Farias, o primeiro integrante do Governo do Estado preso na Operação Calvário, não demorou muito para entender que a delação premiada era a melhor forma de ajudar a ele mesmo, e aos investigadores a descobrir os bastidores do esquema.
Depois a própria ex-secretária Livânia Farias resolveu falar o que sabia e entregou membros, o que faziam, recebimento de propina, compra de bens no Brasil, nos Estados Unidos, na Espanha e em Portugal.
Mas enquanto todos estavam focados no que disse Livânia Farias, e Leandro Nunes, um simples caseiro do sítio em Santa Terezinha, comprado por Maria Laura Caldas Almeida Carneiro, resolveu contar tudo o que sabia.
O caseiro falou ao Gaeco sobre os dias em que Livânia Farias chegou, já pela madrugada, ao sítio no final do mês de setembro do ano passado, às vésperas das eleições, com malotes lacrados com cadeados. Ao chegar na casa do sítio, Livânia e Laura, iam para o quarto da casa, para onde levavam os malotes e lá passavam cerca de 1 hora.
Foi o caseiro que falou sobre uma reforma de R$ 150 mil na casa de praia comprada por Maria Laura, mas que foi colocada em nome de Ricardo Jorge Castro Madruga.
Se em diversos casos de Operação do Ministério Público e da Polícia Federal, espalhados Brasil a fora, apareceram moradores e empregados de sítios, mansões, e granjas, para revelar o que sabiam, ajudando a investigação no combate ao crime, a partir de agora a Operação Calvário já tem mais o que reclamar. Nós já temos o caseiro da Calvário.