A prisão do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, Francisco Buega Gadelha, na Operação Fantoche, deflagrada pela Polícia Federal em 7 estados do país, inclusive a Paraíba, deixa margem para questionamentos sobre a fiscalização dos recursos repassados às instituições que integram o Sistema S.
Integram o chamado Sistema S , instituições e entidades, a exemplo do Sesc , Senai, Senac, Sesi e Sebrae. No Sebrae, por exemplo, ano passado houve a formalização de uma denúncia de que parentes de figurões, inclusive da política, estariam sendo beneficiados com cargos e bons salários.
A denúncia que chegou ao Ministério Público foi ainda mais grave, pois além de relatar privilégio de empregar parentes de grandes empresários e políticos, o cidadão registrou que muitos deles sequer punham os pés na instituição para trabalhar, gerando insatisfação nos que não tem influência política , nem econômica, e que ao contrário, davam seu expediente normalmente.
O Ministério Público chegou a instaurar um Inquérito Civil Público para apurar a existência de funcionários fantasmas no Sebrae da Paraíba. A diretoria do Sebrae apresentou suas justificativas e conseguiu arquivar o Inquérito. É claro , pelo menos no período da denúncia, os faltosos foram avisados para colaborar e aparecer no local de trabalho.