Mesmo com a cúpula da Cruz Vermelha estando presa na Operação Calvário, deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, o governador da Paraíba João Azevedo, anunciou que manterá os contratos com a Organização Social que administra o Hospital de Trauma da Capital, e que já recebeu cerca de R$ 1 bilhão de recursos financeiros dos cofres do Governo da Paraíba.
“É preciso entender, o Estado da Paraíba tem contrato com a Cruz Vermelha, a Cruz Vermelha tem contratos com fornecedores e com outras empresas. O que vi, através da imprensa, é que foi identificado problemas nessa relação da Cruz Vermelha com fornecedores, não é com relação ao Governo do Estado”, disse. “Da mesma forma que nós fazemos uma obra, quando você contrata uma obra, você contrata uma empresa para que ela construa um prédio, você não acompanha os contratos com seus fornecedores de ferro, cimento” afirmou o governador João Azevedo.
A Cruz Vermelha foi contratada pelo ex-governador Ricardo Coutinho, assim que iniciou sua gestão em 2011, para administrar o Hospital de Emergência e Trauma da Capital. Mês passado a Operação Calvário, deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu 11 pessoas, integrantes da cúpula da Cruz Vermelha e donos de empresas que mantinham contratos com a Cruz Vermelha.
Um dos presos teve mandado de prisão cumprido em João Pessoa. Roberto Calmon foi preso em um hotel na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 14 de dezembro, ou seja, há 20 dias.