O senador Alessandro Vieira, do MDB, de Sergipe, afirmou que vai coletar assinaturas após o recesso parlamentar para criar uma CPI destinada a investigar denúncias envolvendo um contrato entre o Banco Master e o escritório da família do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo o parlamentar, o acordo, estimado em R$ 129 milhões, estaria fora dos padrões da advocacia e envolve suspeitas de atuação direta do magistrado em favor da instituição financeira. Vieira afirmou que as informações são graves e precisam ser apuradas.
“Fatos que precisam ser esclarecidos: Após o recesso, vou buscar coletar assinaturas para investigar notícias graves envolvendo um contrato de R$ 129 milhões entre o Banco Master e o escritório da família do ministro Alexandre de Moraes, um valor completamente fora dos padrões da advocacia”, afirmou o senador em suas redes sociais.
“Além disso, há relatos de atuação direta do ministro em favor do banco, o que levanta questionamentos sérios sobre conflito de interesses e uso do cargo público. O Brasil precisa de respostas”, afirmou.
A denúncia sobre Moraes ter procurado o presidente do Banco Central, para pedir pelo Banco Master foi divulgada pela colunista Malu Gaspar e aponta que o ministro Alexandre de Moraes teria feito contatos com o presidente do Banco Central para pressionar pela aprovação da compra do Banco Master pelo BRB. Nem o ministro nem o presidente do BC se manifestaram.
De acordo com a apuração, o contrato previa pagamento mensal de R$ 3,6 milhões ao escritório da família do ministro por três anos. O controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, é investigado por fraudes financeiras, e o caso voltou a avançar após decisão do STF.
Informações do Estadão


