A Aspol – Associação dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba – divulgou nota se solidarizando com policiais que foram punidos por fiscalizarem a atuação de “araques” , e denunciou a perseguição da Secretaria de Segurança Pública aos que tem coragem de combater e revelar irregularidades praticadas na gestão pública.
VEJA A NOTA DA ASPOL :
A ASPOL/PB presta sua solidariedade aos investigadores criminais da Polícia Civil, VALDECI FELICIANO GOMES e SEVERINA (DULCE) DAVI DE SOUZA NETA, em virtude da punição de 30 (trinta) dias de suspensão aplicada aos dois trabalhadores, por fiscalizarem na condição de dirigentes classistas a atuação de “araque” (não concursado) na Delegacia de Campina Grande, em 27 de dezembro de 2017. A presença de “araques de polícia” vem sendo denunciada pela ASPOL e é uma atuação ilegal. Neste caso de Campina Grande, tinha a conivência do delegado de Polícia Civil Luciano Mendonça, contra quem não foi aberto nenhum procedimento administrativo desde o fato ocorrido, mesmo a Associação tendo oficiado a DEGEPOL para tanto, bem como o nominado delegado ter sido, em tese, hostil e supostamente abusado da autoridade ao dar voz de prisão a uma servidora que flagrava uma ilegalidade.
Essa punição publicada no Boletim Interno da Polícia Civil, n. 951, por meio da portaria de n. 438/2018, da lavra do delegado geral da Polícia Civil João Alves de Albuquerque, é uma demonstração da ausência de imparcialidade da atual gestão da Polícia Civil e da Corregedoria de Polícia Civil, que até o momento não abriu nenhum procedimento contra o delegado acima mencionado. São repetidos atos de perseguição a dois diretores da ASPOL e de abuso de autoridade praticados contra Valdeci e Dulce, dois excelentes profissionais que merecem todo nosso apoio e solidariedade, porque estão firmes na luta contra as injustiças.
Não foi aberto processo administrativo disciplinar contra o gestor da unidade policial, assim como ocorreu com os dois investigadores, nem o delegado foi rapidamente punido como ocorreu com os dois policiais. Injustamente e no exercício da atividade sindical, os policiais são punidos, e a Corregedoria de Polícia Civil da Paraíba demonstra seu, ainda mais, aparente desvio de finalidade das suas prerrogativas institucionais. Mesmo a ASPOL tendo oficiado o Secretário de Estado da Segurança e o Delegado Geral, solicitando apuração da conduta do referido delegado, em Janeiro deste ano de 2018.
A Polícia Civil vem utilizando a máquina administrativa para perseguir quem denuncia as irregularidades da sua gestão que é formada por delegados de polícia que são dirigentes classistas. Mas a ASPOL NÃO SE CALARÁ, porque sabemos que existe cristalina “perseguição” aos nossos associados, e aos profissionais que exercem a atividade sindical com garra e dentro da legalidade.
A ASPOL seguirá firmemente na luta em defesa da Polícia Civil, para reestabelecer os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa e legalidade na Polícia Civil, sempre embasada nos parâmetros legais e constitucionais, para o bem dos policiais, da instituição, das investigações e da sociedade!
Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba – ASPOL/PB