O juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Campina Grande, Carlos Hindemburg de Figueiredo, acabou de se averbar suspeito para julgamento no pedido de afastamento de Francisco de Assis Benevides Gadelha, “Buega Gadelha”, da presidência da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba.
O despacho do magistrado se averbando suspeito foi uma surpresa , pois o processo estava concluso para julgamento há mais de dois meses, ou seja desde 11 de julho, inclusive com parecer do Ministério Público do Trabalho pela procedência do pedido de afastamento de Buega Gadelha.
A ação foi movida por sindicatos filiados a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba desde o ano passado pedindo o afastamento de Buega Gadelha, devido as diversas irregularidades na entidade, inclusive agravadas com os escândalos envolvendo o sistema S, operação da Polícia Federal, denúncias do Gaeco/MPPB, e recebimento das denúncias com ações criminais em desfavor de Buega e de outras pessoas, entre diretores e funcionários de entidades, e também de empresários.
A ação foi completamente instruída, com todos os atos processuais , com garantia dos princípios da ampla defesa e do contraditório, e emissão de parecer do Ministério Público do Trabalho favorável ao afastamento de Buega da FIEP.
Outro detalhe é que enquanto a ação não foi julgada , se aproximava a data da posse da nova diretoria, agendada para a próxima segunda-feira, dia 25, também com Buega Gadelha como presidente da FIEP.
O despacho do juiz Carlos Hindemburg se averbando suspeito para julgar o pedido de afastamento de Buega Gadelha ocorreu logo cedo da manhã de hoje, às 8h20.
De acordo com a legislação o juiz não precisa explicar ou justificar o motivo de sua averbação de suspeição. O juiz Carlos Hindemburg tem julgado processos relacionados à FIEP desde julho de 2022, incluindo as eleições em que Francisco Gadelha foi reeleito, ocorridas em fevereiro. agora se averbou suspeito.
O substituto de Carlos Hindemburg já havia se averbado suspeito, e o processo agora ficou sem Juiz.
Carlos Hindemburg tem julgado processos relacionados à FIEP desde julho de 2022, incluindo as eleições em que Francisco Gadelha foi reeleito, ocorridas em fevereiro.