“Mais uma vitória da categoria e vamos continuar na luta”. Assim resumiu a presidente da ASPOL, Suana Melo, ao receber da Juíza de Direito Teresa Cristina de Lyra Pereira Veloso, plantonista no Fórum Civil no último sábado, 24, a liminar que suspendeu as audiências que estavam marcadas para os dias 26 e 27 de fevereiro (segunda e terça) e 02 de março na Corregedoria de Polícia Civil. Os procedimentos prejudicam investigadores que participaram de manifestações contra o pior salário do Brasil. “Parece que a Corregedoria de Polícia está sendo utilizada para perseguir os policiais civis da Paraíba. Uma demonstração do desvio da atribuição desse tão importante órgão fiscalizador. Mais de 150 sindicâncias instauradas contra policiais que participam dos movimentos da categoria por valorização e dignidade salarial”, disse o vice-presidente Valdeci Feliciano
No pedido liminar, o Advogado Ideltônio Moreira, do escritório de Advocacia Sheyner Asfóra, argumentou que não havia qualquer condição de defender os policiais da forma como todo cidadão merece, já que o ofício da Corregedoria informando as datas das audiências teria chegado na sexta-feira à tarde, com inúmeras audiências marcadas para segunda e terça: “Muitos policiais não tiveram sequer a oportunidade de apresentar a defesa prévia, que é requisito da Lei Orgânica da Polícia Civil. Muitos já seriam interrogados sem que ao menos fosse observado o princípio do devido processo legal. Seria absolutamente impossível iniciar uma instrução pelo último ato: o interrogatório do acusado. Ainda mais quando feitos em larga escala e em exíguo espaço de tempo”, disse o advogado.