Uma carga de 21 toneladas de arroz foi apreendida após trabalho de investigação da Polícia Civil da Paraíba. Seria mais um fato policial se a carga roubada não estivesse destinada a uma Secretaria do Governo do Estado da Paraíba.
O Blog teve acesso ao auto de apreensão da carga de 21 toneladas de arroz, da marca “Beleza”, destinada a Secretaria de Administração Penitenciária do estado da Paraíba.
O caso está na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas, sob a responsabilidade do competente delegado Getúlio Lira Machado e seus agentes.
O fato é muito grave e chama a atenção das autoridades, pois se fosse um particular que estivesse recebendo carga roubada de qualquer produto, a essa altura já estaria na Delegacia para prestar esclarecimentos suspeito de receptação.
Há diversos casos em que alguém que comprou um relógio, uma bicicleta ou um celular, e o bem era produto de rouba ou furto, chegar ao ponto de ser preso.
UM CASO – Anos atrás estávamos apresentando um programa de rádio quando noticiamos um caso de um jovem morador da Rua São Geraldo, no Rangel, foi preso porque estava com um celular que tinha sido roubado de uma parente de um oficial da polícia militar da Paraíba.
O rapaz foi preso quando jogava futebol em um campo ali no conjunto do Inocop ( Cristo Redentor). A Polícia chegou até ele por um rastreador do celular. O rapaz informou que comprou o celular a alguém, os policiais foram na casa do jovem, entraram no imóvel, e nada de droga nem de outros ilícitos encontraram.
O rapaz ficou preso acusado de crime de receptação. Os moradores da comunidade sabendo se tratar de um jovem de bem, que nada desabonasse sua conduta, fizeram um protesto, e pedimos a ajuda, que chegou através do advogado Camilo Macedo, que integrou bancada na Rádio Correio com o grande radialista Luís Otávio.
Camilo Macedo trabalhou na defesa do rapaz e o tirou da prisão.
Ao tratar da carga roubada de arroz lembrei desse caso do jovem da Rua São Geraldo. No episódio do celular houve uma ação rigorosa, depois nós ficamos sabendo, porque o bem pertencia a uma parente de um oficial da Polícia Militar. No caso da carga de arroz roubada destinada ao Governo da Paraíba, é o próprio estado o destinatário do produto.