Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, é apontado no âmbito da investigação da Operação Calvário, como sendo forte suspeito de promover “queima” de arquivos contra potenciais delatores.
A revelação surgiu no despacho decisão do juiz da 1ª Vara Criminal da Capital , Adilson Fabrício Gomes Filho, que negou pedido de Coriolano que queria deixar o presídio e pediu para cumprir a prisão domiciliar.
“O Ministério Público aponta que o Sr. Coriolano Coutinho seria forte suspeito, inclusive, de promover “queima” de arquivos e perseguição violenta e ostensiva em face de opositores ou potenciais delatores”, revela o magistrado em seu despacho.
Coriolano Coutinho está preso desde 9 de dezembro de 2020O, na 10ª fase da Operação Calvário, por ordem do desembargador Ricardo Vital de Almeida, por descumprimento de medidas cautelares, por se ausentar da comarca domiciliar sem prévia autorização e em relação ao uso de tornozeleira eletrônica.
Em 4 de fevereiro outro mandado de prisão foi expedido e cumprido contra Coriolano Coutinho. Na deflagração das 11ª e 12ª fases da Calvário foram presos, além de Coriolano, o empresário Pietro Harley Dantas, e o ex-presidente do PSB, José Edvaldo Rosas.
O fato é que Pietro e Edvaldo Rosas foram soltos enquanto Coriolano Coutinho nem teve seu pedido de soltura atendido, e agora o pedido de prisão domiciliar também foi negado.
“Em que pese os co-investigados tenham sido beneficiados com a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas da prisão, tenho que situação diversa e peculiar é a do investigado Coriolano Coutinho”, afirma o magistrado.
VIOLÊNCIA JUNTO COM CAPANGAS – “É apontado como pessoa que teria praticado atos de violência, junto com “capangas”, para salvaguardar seus interesses escusos e manter a sanha contra o erário público, visando a preservação do grupo capitaneado por Ricardo Coutinho, seu irmão”, disse o magistrado no despacho.