Após a veiculação pela imprensa de trecho de delação no âmbito da Operação Calvário de ex-integrante do Governo em que cita suposta participação do atual coronel da PM Anderson Henrique em recebimentos de propina, o clima na Polícia Militar da Paraíba está tenso.
A situação ficou ainda mais delicada após a exoneração do citado coronel do cargo que exercia de Secretário Executivo Chefe da Casa Militar do Governador do Estado.
O deputado estadual Cabo Gilberto Silva, questionou nesta quinta-feira, dia 8, o comandante geral da Polícia Militar da Paraíba sobre isonomia na instituição e porque ainda não foi aberto processo no Conselho de Justificação, criado por lei para apurar e julgar casos que envolvam condutas ilícitas , indignas e incompatíveis com o posto de oficial da Polícia Militar da Paraíba.
“Gostaria de saber do comandante geral de nossa instituição o que ele está esperando para abrir processo no Conselho de Justificação a fim de apurar os fatos amplamente divulgados na imprensa sobre, eventos revelados por ex-integrante do Governo, em delação no âmbito da Operação Calvário, que mostram uma conduta do coronel Anderson, que compromete a imagem da instituição Polícia Militar”, comentou o parlamentar.
“Não tenho, em absoluto, nada contra o oficial citado, pois cobramos uma posição equânime, isonômica, igual para todos. Não admitimos dois pesos e duas medidas. Observem a gravidade, trata-se de um oficial que até ontem era secretário chefe da Casa Militar do Governador, e que tinha por função observar e aplicar a lei, e não infringir”, alertou o parlamentar.
Por fim o deputado Cabo Gilberto Silva cobrou do comandante geral não seja omisso em relação as providências que devem ser tomadas. “Esperamos que o comandante geral não seja omisso em negligenciar a abertura de um conselho de justificação para averiguar e julgar a conduta do referido coronel. Lembrando que o atual comandante geral já tem mais de 10 anos no cargo e é o que mais expulsou militares da corporação”, concluiu o parlamentar.