Proibição de Missas e Cultos? — 50 vezes liberdade!
Por *Renato Cunha Lima Filho*
Triste constatar que em pleno 2021 não somos livres. Certa vez a filósofa e escritora Ayn Rand definiu assim a liberdade: “Não pedir nada. Não esperar nada. Não depender de nada.”
Neste sentido, constatando que nosso povo pede por auxílio emergencial, espera por vacinas e que para tanto depende de governos, não somos livres.
Falando em governos, nada pode ser mais ameaçador a liberdade, já que possuem o monopólio legal sobre o uso da força contra as pessoas legalmente desarmadas e em nome do tal “bem comum”, o cidadão está acorrentado.
Liberdades conquistadas ao longo de milênios estão sendo cerceadas com a justificativa falsa da proteção coletiva a saúde. A pandemia no Brasil tem justificado violências absurdas a liberdade e aos direitos individuais.
O voto enfadonho, de cunho político, do ministro Gilmar Mendes, no julgamento que decidirá sobre a possibilidade de governadores e prefeitos proibirem missas e cultos presenciais foi de engulhar o estômago.
Não seriam os templos evangélicos e igrejas católicas as culpadas pela proliferação do vírus do Covid 19, sobretudo quando aferem a temperatura dos presentes, exigem o uso de máscaras e atendem ao distanciamento social.
Essa ideia de estado tutor, tão defendida pelos socialistas, pode hoje ser percebida na pele de todos e duvido que alguém esteja satisfeito com o poder público ditando regras que lhes restrinjam até o direito de ir e vir.
Na Bíblia encontrei cerca de 50 citações a palavra liberdade, nela destaco Gálatas 5:1 “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.”
A fé em Cristo sempre foi uma ameaça aos interesses opressores, antes mesmo da pandemia os cristãos sempre foram perseguidos, a exemplo recente das igrejas incendiados no Chile, do atentado terrorista na França e dos assassinatos de cristãos na África e Ásia.
Ao longo da história da humanidade incontáveis pessoas doaram suas vidas em nome da liberdade, a exemplo do anônimo chinês que desapareceu depois enfrentar tanques da ditadura comunista na Praça da Paz Celestial em Pequim.
O próprio Jesus Cristo personifica, como homem e como divino, a doação da própria vida em pró da liberdade de toda a humanidade, em todos os tempos.
Jesus ofertou a resiliência na esperança de uma outra vida aos homens e mulheres. Uma vida que não está sujeita as leis dos governantes e reis, mas somente a Deus.
A fé liberta a alma, o pensamento liberta o ser, a palavra liberta o mundo. Neste sentido há muitos anos escrevi:
— Como se expressar livre, senão aprisionado as palavras? Em verdade, essa necessidade não tem os pássaros, eles voam…
E aproveitando o poeminha do contra do imortal Mário Quintana, concluo:
“Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!”