Agora começa a cair a máscara. O Governo teve todo o segundo semestre do ano passado para colocar o novo gramado do estádio Amigão e não o fez. Esperou para próximo do final do ano, aí seria natural que os clubes não concordassem, tendo em vista a proximidade do início do Campeonato. Agora está cristalino, o Governo queria, mais uma vez, fazer política com o esporte, o futebol, e em especial o estádio O Amigão, em Campina.
Autorizar uma licitação em setembro para a obra começar em novembro, o gramado estaria sendo concluído em março. Seria perfeito encaixar a data da entrega do gramado em um jogo decisivo do Campeonato, com pompas e é claro, em março, mês escolhido pelo governador para entregar dezenas de obras. Afinal início de abril o governador Ricardo Coutinho e o secretário João Azevedo são obrigados, por lei, a deixarem o Governo para disputar as eleições de outubro.
Como sempre o interesse particular e eleitoral, acima do interesse público. Tinha feito o gramado no segundo semestre e nada dessa confusão estaria ocorrendo. Mas é aquela mania de achar que a redoma do poder e da sabedoria contempla uns poucos. Mas é bom abrir o olho, o povo percebeu algo estranho nessa história do gramado do Amigão. No futebol, as regras são claras, a bola deve rolar tranquila , e o torcedor detesta tapetão.