Um esquema de propina que desviou R$ 18 milhões em obras de construção e manutenção de rodovias estaduais, no DER – Departamento de Estradas e Rodagem – resultou em condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e mais 4 ex-auxiliares do Governo.
O caso foi denunciado pelo Ministério Púbico Federal e no julgamento pela Justiça Federal o ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a 11 anos e 3 meses de prisão. Veja publicação do MPF :
Em denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral a 11 anos e 3 meses de prisão, e mais quatro pessoas, por crimes na Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER/RJ). A ramificação da organização criminosa foi descoberta a partir dos desdobramentos das operações Calicute e Eficiência, em um processo decorrente da Operação C´est Fini.
Os outros condenados foram o ex-presidente da fundação Henrique Ribeiro (20 anos, 9meses e 25 dias de prisão), o ex-chefe de Gabinete Lineu Martins (16 anos, 6 meses e 25 dias de prisão), o ex-secretário de Governo Wilson Carlos (14 anos e 2 meses de prisão) e o operador financeiro da organização criminosa do ex-governador, Luiz Carlos Bezerra (7 anos e 9 meses de prisão).
Denúncia – Em dezembro de 2017, o MPF denunciou os cinco, agora condenados, por crimes no DER/RJ. Similar ao implementado na Secretaria de Obras, o esquema de propina na fundação contava com o auxílio de Wilson Carvalho, operador administrativo do grupo, e revelou, na época, dois novos membros da organização criminosa de Cabral: o ex-presidente do DER/RJ, Henrique Ribeiro, e o seu ex-chefe de gabinete Lineu Martins, presos na Operação C’est Fini.
Cabral, Wilson Carlos e Henrique Ribeiro receberam R$ 18,1 milhões em propina, para beneficiar a empreiteira União Norte Fluminense Engenharia em obras em rodovias estaduais, administradas pelo DER-RJ. Responsável por receber as propinas em contratos do DER/RJ, Henrique Ribeiro tinha como braço direito Lineu Martins (então seu chefe de gabinete), que atuava como seu operador financeiro, entre 2008 e 2014. A movimentação de valores se dava por dinheiro em espécie e este era internalizado no caixa dos criminosos, sendo, posteriormente, distribuído aos seus integrantes e parentes.
As obras que tiveram pagamento de propina foram a pavimentação da rodovia RJ 230, pavimentação da Região Norte do Estado do Rio de Janeiro, obras de conservação de São Fidélis, obras na rodovia RJ 220 e obras na rodovia RJ 186.