No próximo dia 14, daqui a sete dias, a Operação Calvário completa dois anos. Ocorreram no mês de dezembro os dois eventos de maior repercussão da investigação, as prisões de Daniel Gomes da Silva, o controlador da Cruz Vermelha e delator no processo e, 2018, e do ex-governador Ricardo Coutinho , em 2019.
Em 14 de dezembro de 2018 ocorreu a primeira e grande Operação Calvário a partir do Gaeco do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, quando foi preso, Daniel Gomes da Silva, o controlador das organizações sociais Cruz Vermelha Brasileira e IPCEP, e diversos outros envolvidos.
No dia 17 de dezembro foi deflagrada a maior Operação no âmbito da Calvário, com mandados de prisão preventiva contra o ex-governador Ricardo Coutinho, a ex-deputada Estela Bezerra, a prefeita de Conde, Márcia Lucena, o ex-procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, o irmão do ex-governador, Coriolano Coutinho, além de outras diversas figuras do mundo político e empresarial.
A partir da Operação Calvário I, deflagrada pelo Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro, surgiu a investigação pelo Gaeco do MP da Paraíba, que desmantelou o maior esquema de corrupção na história no estado da Paraíba.
FEVEREIRO DE 2019, ALVOS LEANDRO, LIVÂNIA FARIAS E WALDSON – Gaeco/MPPB deflagrou a 2ª fase da Operação Calvário em 1º de fevereiro de 2019, com cumprimento de 3 mandados de prisão preventiva, e três mandados de busca e apreensão. Era o início das ações repressivas da Calvário no estado da Paraíba, com a prisão de Leandro Nunes de Azevedo, assessor flagrado recebendo caixa de dinheiro em hotel de luxo no Rio de Janeiro, e busca e apreensão contra dois secretários de estado, Waldson de Souza, e Livânia Farias.
Era uma sexta-feira, 1º de fevereiro deste ano, quando a imprensa noticiou a deflagração da Operação Calvário cuja missão seria desmantelar uma organização criminosa responsável em desvios milionários da saúde, através de contratação de organizações sociais para administrar Hospitais de grande porte no estado, como o Hospital de Trauma.
Só a Cruz Vermelha Brasileira faturou com o Governo do Estado da Paraíba, entre os anos de 2011 e 2018 cerca R$ 1 bilhão para administrar o Hospital de Trauma da Capital.
DELAÇÃO PREMIADA – Pelo menos 6 envolvidos no esquema resolveram assinar colaboração premiada a revelaram tudo que sabia sobre a organização criminosa, são eles : Daniel Gomes da Silva, Michelle Louzada, Livânia Farias, Ivan Burity, Lendro Nunes de Azevedo, Maria Laura Caldas Almeida Carneiro. Extraoficialmente há informações de novas delações no âmbito da Operação Calvário.