A juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota do 2º Tribunal do Júri da Capital determinou o arquivamento, por falta de provas, do processo que apurava o assassinato do jovem Bruno Ernesto, e que tinha como investigado Ricardo Coutinho.
A determinação ocorreu dia 6 de agosto, véspera de completar 8 anos e 6 meses do assassinato do jovem, ocorrido em 7 de fevereiro de 2012, quando Bruno Ernesto, foi vítima de bandidos que o levaram na mala de seu carro, e horas depois o assassinaram com um tiro na nuca, em Gramame, zona sul da cidade.
A magistrada acatou parecer emitido pelo promotor de Justiça Marcus Leite. “Não vislumbro qualquer elemento suficiente a embasar uma denúncia”, diz a juíza ao determinar o arquivamento do processo.
Os pais de Bruno Ernesto, Ricardo Ernesto e Inês Ernesto do Rêgo, tiveram suas vidas destruídas desde o assassinato do filho, que trabalhou na Prefeitura de João Pessoa, na área de tecnologia da informação, no período da implantação do Projeto Jampa Digital, convênio da Prefeitura de João Pessoa com o Governo Federal, que foi alvo de Operação da Polícia Federal, de reportagem do Fantástico, e até hoje os processos tramitam na Justiça.
FALHAS NA INVESTIGAÇÃO – Os pais de Bruno Ernesto apontam desde o crime diversas falhas na investigação do caso, entre as quais a não identificação a quem pertenciam a arma e as munições utilizadas para assassinar o jovem. Dona Inês Ernesto Moraes do Rêgo, passou os últimos 8 anos e meio em busca de respostas sobre o que estaria por trás do assassinato do filho.
Foi dona Inês Ernesto que conseguiu junto com órgãos de fiscalização descobrir o que foi surpreendente para a imprensa e a população em geral, que a arma e as munições utilizadas no assassinato de Bruno Ernesto, pertenciam ao Governo do Estado, sendo a arma da Polícia Militar da Paraíba, e as munições da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado.
Durante sua luta para saber o porquê de tantas falhas ocorridas na investigação, a mãe de Bruno Ernesto, dona Inês Ernesto do Rêgo Moraes, contou com o apoio de parte da imprensa , e órgãos que lhe receberam para ouvir a dor de uma mãe que perdeu o filho assassinado barbaramente no ápice de sua vida.