A empresa Hempecare que vendeu 300 respiradores ao Consórcio Nordeste, recebeu R$ 49 milhões e não entregou os equipamentos, tem menos de 1 ano de criada, e possui capital social de apenas R$ 100 mil.
As informações constam de relatório de Auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que ao observar a nota fiscal 002, considerou que a empresa não tem expertise em vendas de material médico-hospitalar.
“Em 09/04/2020, a HEMPCARE PHARMA REPRESENTAÇÕES LTDA. emitiu o documento fiscal nº 000.000.02, série 1, tendo por destinatário o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste – Consórcio Nordeste .A Auditoria observou que o documento fiscal emitido pela HEMPCARE possui numeração muito baixa (nº 000.000.02, série 01), levando a indícios de que a empresa, até o momento, não possui grande expertise no fornecimento de materiais médico-hospitalares. Tal fato é corroborado pela sua data de constituição: em 24 de junho de 2019, por Luiz Henrique Ramos Jovino e Cristiana Prestes Taddeo. Trata-se de uma empresa muito “jovem” – menos de 01 (um) ano de constituída -, com capital social de R$ 100.000,00 (cem mil reais)”, analisou a auditoria do TCE.
O Tribunal de Contas do Estado encaminhou ofício à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público do Estado da Paraíba e a Secretaria da Fazenda Estadual, informando sobre a abertura de Inspeção Especial de Acompanhamento de Gestão que apura a compra dos respiradores pelo Governo da Paraíba, através do Consórcio Nordeste.