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TJPE ainda não julgou denúncia de abuso de autoridade de juíza que mandou prender jornalista Ricardo Antunes

19 de agosto de 2024
TJPE ainda não julgou denúncia de abuso de autoridade de juíza que mandou prender jornalista Ricardo Antunes

Está sendo aguardado com grande expectativa o julgamento no Tribunal de Justiça de Pernambuco de uma ação de abuso de autoridade contra a juíza que condenou um jornalista a prisão.

A juíza da 12ª Vara Criminal de Recife-PE, Andréa Calado da Cruz, que condenou o jornalista Ricardo Antunes a sete anos de prisão por supostos crimes de calúnia, difamação e injúria contra o empresário e deputado Felipe Carreras (PSB) responde a uma ação de “abuso de autoridade” no Tribunal de Justiça de Pernambuco.

A nova decisão da magistrada do Recife baseou-se em um entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. E provocou um novo debate sobre a liberdade de imprensa em todo o Brasil.

Dessa vez, o jornalista foi condenado após ser denunciado pelo parlamentar por uma série de reportagens que ligavam a empresa do deputado, a Festa Cheia, a um suposto esquema de corrupção no São João de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

Depois das denúncias, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), pediu o cancelamento da festa, mas o juiz de Caruaru achou que a decisão iria provocar tumulto pois milhares de ingressos já tinha sido vendidos.

Mesmo assim, ele penalizoua empresa “Festa Cheia”, de propriedade de Carreras e Acioli, a devolver quase R$ 1 milhão aos cofres públicos. É que eles usaram parte do espaço público ( O famoso pátio do Forró) como se fosse privado através de uma licitação irregular.

Antunes já havia vencido uma ação civil movida pelo parlamentar e seu sócio, o empresário Augusto Acioli. Nela, o juiz de direito, Sebastião de Siqueira Souza, afirmou que, “apesar da linguagem ácida” da matéria, Ricardo Antunes “não noticiou os fatos sem amparo” e que “os demandantes não foram tratados como culpados, mas como possíveis envolvidos”. Por isso, indeferiu o pedido, pois “ofenderia o legítimo direito à liberdade de imprensa, livre manifestação e expressão do pensamento”.

Mesmo assim, o empresário entrou com uma queixa-crime e um pedido de ação penal privada, alegando a divulgação de “informações falsas” pelo blog. Esse pedido, acatado pela juíza Andréa Calado da Cruz, resultou na condenação de Antunes.

A mesma juíza já havia condenado o jornalista em outro caso. Em 27 de abril, a juíza Andréa Calado da Cruz determinou a prisão preventiva de Ricardo Antunes por faltar a uma audiência de instrução, quando ele estava de férias na Espanha. Nesse processo, o jornalista era acusado de difamação e injúria em continuidade delitiva contra o promotor de Justiça Flávio Roberto Falcão Pedrosa.

Na ocasião, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) expressou preocupação com a decisão, classificando a prisão preventiva como uma medida “extrema”. A Abraji ressaltou que, embora jornalistas não estejam acima da lei, ações dessa natureza impactam não apenas o profissional envolvido, mas também toda a categoria, incentivando a autocensura e comprometendo o direito da sociedade à informação. A associação também observou que o uso do sistema penal por um promotor de Justiça do mesmo estado cria um desequilíbrio de forças, contribuindo para a intimidação e censura do jornalista.

Em menos de 48 horas, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) através do desembargador, Isaías Andrade Lins Neto, cassou o pedido de prisão preventiva. Poucas semanas depois, o juiz Paulo Victor também devolveu o passaporte e tirou a censura sobre a redes sociais do jornalista.

Após as decisões favoráveis, Antunes ingressou com uma ação de “abuso de autoridade” contra a magistrada que ainda não foi julgada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. “Vamos fazer outra denúncia dessa vez no CNJ”, informou o advogado Paulo Sales.

REPERCUSSÃO NO PAÍS – O caso em que o jornalista Ricardo Antunes está sendo processado por divulgar investigações do Ministério Público em casos de supostos esquema de corrupção, tem chamado a atenção de colegas jornalistas pelo país, e também de entidades representativas da categoria de profissionais de imprensa.

Na Paraíba houve um período em que diversos jornalistas foram processados por divulgarem denúncias e investigações sobre esquemas de corrupção com o dinheiro público.

Após anos de processos, enfim foi deflagrada a Operação Calvário que resultou na prisão do ex-governador do estado, Ricardo Coutinho, o irmão dele, Coriolano Coutinho, além de dezenas de pessoas, entre os quais diversos secretários de estado, servidores públicos e empresários.

O caso que trata do jornalista Ricardo Antunes é emblemático para o país em momento em que se debate o choque de bens jurídicos essenciais a liberdade.

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