O juiz Adilson Fabrício Gomes Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital negou nesta segunda-feira, dia 17, pedido de Coriolano Coutinho que queria deixar a prisão e cumprir prisão domiciliar.
A defesa de Coriolano Coutinho alegou que o preso tem problemas de saúde e preencheria requisitos para ter seu pedido de prisão domiciliar atendido.
O magistrado revelou que há fortes indícios de que Coriolano Coutinho seria um agente intimidador de potenciais testemunhas e delatores nos processos decorrentes da Operação Calvário.
“No caso dos autos, como já declinado no decreto de prisão preventiva, a liberdade do investigado
CORIOLANO COUTINHO é risco efetivo para a ordem pública e, principalmente, para a instrução
criminal, posto que há fortes indícios que apontam para sua pessoa como agente intimidador de
potenciais testemunhas e delatores”, afirmou.
“O Custodiado é investigado perante este e outros juízos criminais, inclusive no âmbito do TJ/PB,
acusado da prática de diversos crimes contra os cofres públicos paraibanos, bem como por
supostas ameaças e prática de violências contra desafetos ou pessoas que punham em risco os
interesses da organização criminosa”, acrescentou o magistrado.
“É apontado como pessoa que teria praticado atos de violência, junto com “capamgas”, para
salvaguardar seus interesses escusos e manter a sanha contra o erário público, visando a
preservação do grupo capitaneado por Ricardo Coutinho, seu irmão”, informou.
“Ora, existe nos autos documento médico que atesta que o Custodiado não possui doença importante que o torne demasiadamente debilitado”, revelou o juiz.
“Por todas essas considerações, tem-se que ainda necessária a prisão preventiva do Réu, não
sendo suficiente qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP.
Ante o exposto, tenho por bem indeferir, nos termos do art. 312 e 318, do CPP, o requerimento
de prisão domiciliar formulado por CORIOLANO COUTINHO, mantendo a prisão preventiva em
todos os seus termos”, concluiu.
Coriolano Coutinho está preso desde dezembro de 2020 , quando foi expedido mandado de prisão por descumprimento de cautelares.
Em fevereiro outro mandado de prisão foi expedido contra Coriolano Coutinho no âmbito das 11ª e 12ª fases da Operação Calvário, em denúncia contra o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho e mais o empresário Pietro Harley e o ex-presidente do PSB da Paraíba, José Edvaldo Rosas, por suposto crime de fraude em licitação para compra de livros.