Em mais um trecho de uma das delações premiadas no âmbito da Operação Calvário, o delator revela que bancou financeiramente o “QG” de Inteligência que tinha como objetivo investigar os adversários do governador Ricardo Coutinho e seguir os passos da ex-primeira dama Pâmela Bório.
“Waldson teria me pedido para ver junto com o..(gradual oficial da PM) uma estrutura para funcionar como um QG da INTELIGÊNCIA E DE CONTRA INTELIGÊNCIA, seria para investigar os adversários da campanha e também seguir os passos da primeira dama do Estado Pâmela Bório, pois ela e Ricardo Coutinho viviam brigando”, revela o delator à Força-Tarefa da Operação Calvário.
O delator contou que pagou despesas para pessoas seguirem Pâmela durante uma viagem a São Paulo, nas eleições de 2014. “Isso aconteceu no meio da campanha, aí tive que pagar as passagens, hospedagem e alimentação das pessoas que iriam seguir Pâmela, com relação as passagens não tive acesso aos nomes das pessoas, pois …(o oficial graduado)…disse que Pâmela teria decidido de última hora em fazer essa viagem e que ele (o oficial graduado) teria comprado as passagens das pessoas”, contou.
Em outro trecho o delator revela que pessoas que trabalhavam no QG tiveram acesso a vídeos comprometedores no computador de Pâmela Bório. “Pessoa do QG tiveram acesso ao celular e computador dela e tinham vários vídeos comprometedores os quais foram apagados, não tive acesso a esses vídeos e fotos, quem teve foi Waldson e…(o oficial graduado)”.
A casa onde funciona o QG de inteligência e contrainteligência ficava no bairro do Cristo Redentor, e o delator tinha inclusive recibo de pagamento pela locação do imóvel. Além disso ele, com dinheiro de propina, bancava a despesa mensal do local. “Também eu pagava mensalmente uma folha de pessoal, esse valor variava de R$ 15.000 a R$ 20.000”, informou.
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