Começam a vir à tona alguns trechos da mais recente delação premiadas no âmbito da Operação Calvário. O delator que assumiu ter participado de operações para recebimento e repasse de malas de dinheiro de propina, a mando de Waldson de Souza e Coriolano Coutinho, revelou a participação de um graduado oficial da Polícia Militar da Paraíba, de estreito relacionamento com o ex-governador Ricardo Coutinho e com o irmão dele Coriolano Coutinho.
Em um das diversas vezes que a operação para recebimento de malas com altas quantias contou com a participação do graduado oficial foi para pegar uma propina entre R$ 700 mil e R$ 750 mil no bairro de Boa Viagem , em Recife, em 2014, ano das eleições em que Ricardo Coutinho concorreu a reeleição contra Cássio Cunha Lima.
“Waldson ( de Souza) teria combinado com Caldas e Hélio que iria pegar o dinheiro em Recife, eu fui com Waldson em um carro e…….(nome do oficial da PM) foi com Thiago, fomos direto para um flat que pertencia a Hélio, esse Flat fica localizado vizinho ao Restaurante Ilha dos Navegantes em Boa Viagem, chegando lá, Hélio foi ao banco do Brasil em que ele teria conta e sacou o dinheiro na hora, Hélio estava acompanhado de com Thiago e ….(nome do oficial da PM), eu e Waldson ficamos no restaurante esperando eles voltarem para o flat, quando eles chegaram fomos para o estacionamento do flat, Hélio teria sacado R$ 700.000 ou foi R$ 750.000, ele sacou a totalidade do dinheiro pago pela CVRS, Waldson pediu para….(nome do oficial da PM) ir embora com o dinheiro e pediu que quando passasse na divisa da Paraíba Pernambuco parasse, pois iria pegar uma parte desse dinheiro para resolver umas coisas….”, conta o delalor.
“assim foi feito…..(nome do oficial da PM) parou em um canavial após a divisa e entregou a maleta no carro que eu e Waldson estava, nesse carro só estava eu e Waldson, ele retirou dessa maleta R$ 200.000 e devolveu a maleta com R$ 500.000 ou R$ 550.000 para…(nome do oficial da PM), ……..(nome do oficial da PM) levou o dinheiro para …..(dois homens ligados ao Governo do Estado) soube que foi entregue no estacionamento do prédio em que a…..(parente) de Ricardo morava, ……(nome do oficial da PM) mora nesse prédio também, eu e Waldson fomos para um apartamento em que ele disse que tinha alugado, justificando dizendo que a casa dele estaria muito visada, lá deixamos os R$ 200.000 e fomos embora, esse apartamento ficava no edifício …(nome do prédio), na rua Francisco Carneiro de Araújo, ….(nº do prédio), no Cabo Branco, não lembro qual era o apartamento, só não sei o que Waldson fez com esse dinheiro”, conclui o delator.
Mais informações no programa Intrometidos desta segunda-feira, dia 22, às 20h.